Segundo pesquisa feita há dois anos pela Associação Brasileira de Endometriose (SBE), 10% das mulheres com idade entre 15 e 45 anos têm a doença. Segundo estudo da mesma instituição, mais da metade das mulheres não sabiam da existência do problema e mais de 60% desconheciam os sintomas. Embora dois anos tenham se passado desde o estudo, o diretor da SBE, Rui Ferriani, ginecologista e professor de reprodução humana da USP, acredita que o estado de desinformação tem diminuído graças a iniciativas como a da marcha contra endometriose e de campanhas da SBE. Já o ginecologista Carlos Alberto Petta considera o conhecimento sobre a doença ainda pouco, mas reconhece que o Brasil é um dos países com melhores taxas de informações sobre a endometriose, mesmo quando comparado aos mais desenvolvidos.
No fim do próximo mês, ocorre o 12º Congresso Mundial de Endometriose, apenas para médicos. Mas Petta acredita que ajude a divulgar um pouco a doença, que afeta tanto a qualidade de vida das mulheres. As cólicas causadas pela endometriose, de tão fortes, chegam a impedir que a paciente fique de pé. Isso sem falar da infertilidade que ela pode causar se não tratada corretamente.