Nesse trabalho, que considera o universo de 62 milhões de mulheres da UE, a FRA estima que uma a cada 20 mulheres foi violentada a partir dos 15 anos.
O estudo se baseia nos testemunhos de 42 mil mulheres de 18 a 74 anos, coletados nos 28 países da UE em entrevistas individuais entre março e setembro de 2012. "É necessário agir. Muitas mulheres sofrem na Europa", afirma o diretor dessa agência europeia, o dinamarquês Morten Kjaerum, na apresentação do relatório. "As estatísticas resultantes da pesquisa não podem, nem devem ser ignoradas", acrescentou.
Os índices mais altos foram nos países do norte da Europa: na Dinamarca, mais da metade das mulheres (52%) disse já ter sido vítima de violência. Depois vêm Finlândia (47%), Suécia (46%) e Holanda (45%).
Os países do sul do continente registram os percentuais mais baixos, começando por Espanha, Chipre e Malta, onde 22% das mulheres declararam ter sofrido violência sexual, ou física. O índice mais baixo da União Europeia é na Polônia (19%), seguida da Áustria (20%).
A Agência pede aos países da UE que ratifiquem a convenção do Conselho da Europa sobre a prevenção e a luta contra a violência contra a mulher e a violência doméstica, conhecida como Convenção de Istambul. Hoje, apenas Áustria, Itália e Portugal são signatários dessa convenção.