saiba mais
-
Vacina contra HIV deve ser testada em humanos no prazo de 3 anos
-
Vacina da USP contra HIV passa em teste com macacos
-
Novo protocolo pode reduzir tempo de tratamento para crianças com HIV
-
É alto o número de jovens com HIV que não aderem ao tratamento
-
Pessoas infectadas pelo HIV têm mais defesa contra a gripe A
-
Gel do dia seguinte pode ajudar a combater o HIV
-
Mutação forçada protege contra HIV
Médicos revelaram o caso na quarta-feira em uma conferência sobre Aids em Boston, nos Estados Unidos. O bebê é uma menina que nasceu em um subúrbio de Los Angeles em abril, um mês depois que pesquisadores anunciaram o primeiro caso do tipo em Mississippi. O caso no Mississippi foi o primeiro que levou médicos de todo mundo a repensar quão rápido e com que intensidade tratar crianças nascidas com o vírus HIV. Os médicos da Califórnia seguiram esse exemplo.
O bebê do Mississippi tem agora três anos e meio e parece livre de HIV apesar de não ter recebido tratamento por cerca de dois anos. Já o bebê de Los Angeles ainda está recebendo remédios, então sua condição ainda não está clara.
Uma série de testes sofisticados repetidos várias vezes sugerem que o bebê de Los Angeles tenha se livrado do vírus, afirmou a médica Deborah Persaud da Universidade Johns Hopkins, que liderou os exames. Segundo ela, os sinais no bebê são diferentes dos que os médicos avaliam em pacientes cujas infecções são meramente suprimidas por tratamentos de sucesso.
"Não sabemos se o bebê está em remissão... Mas parece que sim", disse a médica Yvonne Bryson, especialista em doenças infecciosas do Hospital Infantil Mattel, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), que acompanhou o caso. Médicos adotam a cautela sobre uma possível cura, "mas essa obviamente é a nossa esperança", salientou Yvonne.
A maior parte da mães infectadas com HIV recebem remédios durante a gravidez, o que reduz muito as probabilidades de que elas passem o vírus para os bebês. O bebê de Los Angeles nasceu no Hospital Infantil Miller de Long Beach. A mãe era conhecida dos médicos de uma gravidez anterior. Eles sabiam que ela não estava tomando os remédios, disse a médica Audra Deveikis, especialista em doenças pediátricas infecciosas do hospital.
A mãe recebeu medicamentos durante o parto para tentar evitar a transmissão do vírus, e Audra começou a tratar o bebê com os remédios horas depois do nascimento. Testes feitos posteriormente confirmaram que a menina havia sido infectada, mas não parece estar agora, quase um ano depois. O bebê ainda está sendo acompanhado, se encontra em um lar adotivo e "parece muito saudável", salientou Yvonne.