Saúde

Febre amiga: em crianças, elevação da temperatura do corpo nem sempre é um sinal preocupante

Na maioria das vezes, febre é resultado de um mecanismo de defesa do corpo que entra em ação para combater agentes externos agressores, especialmente os vírus

Flávia Duarte

Em geral, todas as mães ficam apreensivas quando os filhos apresentam sinais de febre, o sintoma mais frequente na pediatria. O que muitas não sabem, no entanto, é que o aumento da temperatura do corpo nem sempre é sinal de doença. A febre, na maioria das vezes, é resultado de um mecanismo de defesa do corpo que entra em ação para combater agentes externos agressores, especialmente os vírus. Ela pode se dissipar da mesma forma que se instalou — de repente —, sem motivo para preocupação além do acompanhamento habitual da saúde da criança.


“Precisamos desmistificar a ideia de que febre está associada a algum malefício. Ao contrário, ela ajuda no combate a infecções”, explica Marco Aurélio Sáfadi, infectopediatra e presidente do Comitê de Pesquisa Clínica da Sociedade Latino-Americana de Infectologia Pediátrica (Slipe). O médico reforça ainda a importância de compreender os sinais do corpo: “Estudos mostram que crianças com catapora ou resfriados comuns que tomaram antitérmicos para baixar a febre demoraram mais tempo para combater as infecções do que aquelas que não tomaram o mesmo medicamento”.

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