"Nossa ideia principal é muito simples: queremos que os consumidores possam entrar em um supermercado, pegar um produto da prateleira e saber se ele é bom para sua família", explicou Michelle, ao apresentar na Casa Branca a medida ao lado da secretária de Saúde, Kathleen Sebelius, e da diretora da Agência de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês), Margaret Hamburg.
A medida deve entrar em vigor em até dois anos. "Às vezes é quase impossível obter informações elementares sobre os alimentos que compramos para nossa família", acrescentou, classificando as tabelas atuais de ilegíveis e ultrapassadas.
O novo design elaborado pela FDA afeta cerca de 700 mil produtos e representa a primeira revisão do sistema, lançado em 1994. Conterá as últimas informações científicas sobre a relação entre alimentação e doenças crônicas, como obesidade e patologias cardiovasculares.
Também haverá informações sobre o percentual de açúcar adicionado pelas empresas nos produtos, considerado excessivo. Além disso, as tabelas serão refeitas para representar melhor a quantidade de calorias consumida.
Segundo a FDA, a medida poderá custar 2 bilhões de dólares, mas os benefícios para a saúde chegariam a 30 bilhões de dólares, graças à prevenção de doenças.
Michelle e o secretário da Agricultura, Tom Vilsack, já haviam anunciado na terça-feira a intenção do governo federal de regular a publicidade de alimentos nas escolas. O projeto proibiria anúncios de produtos que não respeitarem o padrão imposto de valores nutritivos nas cantinas das escolas públicas. Os Estados Unidos travam uma batalha contra a obesidade e a má alimentação, especialmente entre os jovens, liderada desde 2009 pela atual primeira-dama.