O Saúde Plena já abordou como o apoio é fundamental para mulheres que lutam contra o câncer de mama (clique e relembre). A construção da narrativa de ‘Mozão’ mostra, além da importância do autoexame e do diagnóstico precoce, o impacto desse aparato emocional durante o tratamento. Na história, Lucco aparece ao lado da amada em todos os momentos e eles se casam ainda durante o tratamento dela. O vídeo dá um salto de cinco anos e mostra a mulher curada. Ao final, depoimentos reais querem incentivar a crença na cura. ”A gente chora, a gente sofre, mas a gente vence”, resume uma das mulheres entrevistadas.
O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente do mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que aponta ainda que as taxas de mortalidade pela doença continuam elevadas, muito provavelmente pelo diagnostico tardio. Dentro dessa realidade, a mensagem de ‘Mozão’ é chamar a atenção para o diagnóstico precoce.
No Brasil, a mamografia é recomendada, anualmente, a partir dos 40 anos, para mulheres sem histórico familiar de câncer de mama. Para mulheres que já tenham algum caso na família, é indicado fazer o exame ainda mais cedo.
ENTREVISTA
O Saúde Plena conversou com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais, Clécio Lucena, que esclarece as principais dúvidas sobre a mamografia.
O que é a mamografia?
Trata-se de um exame radiológico convencional, empregando-se um equipamento apropriado que se chama Mamógrafo. Através desse exame é possível detectarmos os sinais radiológicos do câncer de mama.
Além do câncer, a mamografia consegue indicar algum outro tipo de problema?
Sim. Vários são as alterações que podemos identificar na mamografia, muitas delas sem nenhuma associação com câncer de mama.
Qual a idade recomendada para começar a fazer mamografia?
Para a população geral, recomendamos iniciar a mamografia aos 40 anos.
Qual a regularidade?
A mamografia deve ser realizada anualmente.
É necessária alguma preparação para o exame?
Nenhuma preparação específica. No entanto, alguns cuidados devem ser seguidos como não utilizar talco nas mamas ou axilas, levar exames anteriores quando disponíveis, informar a presença de alguma anormalidade clínica presente nas mamas.
O exame dói?
Depende da sensibilidade mamaria de cada paciente, do grau de compresso executado no procedimento, bem como da fase do ciclo menstrual da mulher, o exame pode ser desconfortável.
O exame em mulheres que têm silicone é mais difícil de ser feito?
Não. Pode entretanto trazer alguma limitação por conta da presença do implante, obscurecendo a parte profunda da visão da glândula mamaria. Por esse motive, utiliza-se uma manobra para deslocamento posterior do implante (prótese) e tração anterior das mamas, diminuindo essa limitação.
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Fundamental. É o principal método para detector os sinais radiológicos do câncer de mama.
O autoexame é importante em todas as fases da vida?
Pode ser um recurso útil, principalmente para as mulheres que não têm acesso ao exame regular da mamografia. Importante destacar que nem o autoexame das mamas nem o exame clínico feito por professional da área substituem a mamografia. Podem sim, ser um recurso auxiliar.
Quais as outras maneiras de se identificar câncer de mama?
Podemos identificar sinais que levam ao diagnostico do câncer de mama através do exame físico, da mamografia, da ultrassonografia, ou mesmo através da ressonância nuclear magnética. Porém, a confirmação e a definição diagnostico dessa doença só pode ser definida com uma biópsia.
Existem outros exames?
Sim. Para complementação e esclarecimento de dúvidas surgidas com a mamografia ou para a confirmação diagnostica.
Por que a mamografia é o mais recomendado?
Porque foi o único método que até o momento foi capaz de demonstrar impacto na redução da mortalidade por cancer de mama quando adequadamente realizado.
Há contraindicações para o exame?
Absolutas não. Entretanto, deve-se evitar a sua realização nas fases iniciais da gravidez.
A mamografia é 100% conclusiva?
Não. Nenhum método é 100% eficaz. A principal limitação da mamografia acontece nas mulheres com mamas densas. Nessas situações pode ser necessário a associação com algum outro método de imagem.