Os repelentes disponíveis no mercado têm ação limitada, por isso se torna ainda mais importante saber usá-los. Uma pesquisa britânica divulgada em 2013 mostrou que o Aedes aegypti está, aparentemente, desenvolvendo resistência à dietiltoluamida (DEET), princípio ativo da maioria dos produtos à venda no mundo - experimente ler o rótulo do seu.
Na experiência, os cientistas pediram a voluntários que aplicassem o repelente em um braço e liberaram os mosquitos, que inicialmente foram afastados. Poucas horas depois, no entanto, a substância se mostrou menos eficiente e não evitou que os voluntários fossem picados.
Uma pesquisa anterior, concluída pelo mesmo grupo, descobriu que as mudanças genéticas em uma espécie podem tornar os mosquitos imunes à DEET. Os pesquisadores recomendaram que governos e laboratórios farmacêuticos realizem mais pesquisas para encontrar alternativas à substância. Especialistas dizem, no entanto, que são necessários mais estudos para comprovar a tese britânica.
De qualquer forma, uma das grandes chaves para ampliar a proteção oferecida pelo repelente é justamente a reaplicação. No entanto, a frequência nem sempre deve seguir a recomendação impressa no rótulo. O médico infectologista Argus Leão Araújo, responsável pelo Serviço de Atenção à Saúde do Viajante da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, explica os segredos e responde às principais dúvidas sobre os repelentes.