Para considerar que seu papel era importante, os pesquisadores estabeleceram como limite uma diminuição do risco em 15%, ou mais. Segundo os resultados, o suplemento de vitamina D se traduziu em uma diminuição do risco de doença cardiovascular, de câncer, ou de fratura inferior aos 15% estabelecidos como piso, sendo considerado, então, negligenciável pela equipe.
Apenas as pessoas idosas que vivem em instituições para a terceira idade se beneficiaram da vitamina D em associação com o cálcio, registrando uma redução do risco de mais de 15%. "Levando-se em conta esses resultados, é muito pouco justificável prescrever a vitamina D para prevenir os infartos, os acidentes vasculares cerebrais (AVC), o câncer, ou as fraturas", destacam os autores, lembrando que metade dos americanos adultos toma vitamina D.
A vitamina D tem um papel maior na mineralização óssea, estimulando a absorção intestinal do cálcio e sua fixação no osso. Ela é produzida, principalmente, pelo corpo, sob a ação de raios ultravioletas (UVB) na pele, mas também pode ser ingerida na forma medicamentosa. Vários estudos - com frequência contraditórios - foram feitos nos últimos anos sobre o papel da vitamina D, até agora vista com um efeito protetor para a saúde.
Em março de 2013, cientistas britânicos demonstraram que a ingestão de vitamina D em mulheres grávidas não teve impacto na saúde óssea das crianças. Em novembro de 2012, outros pesquisadores haviam apresentado uma relação entre a carência de vitamina D observada nas mulheres que vivem em zonas geográficas de baixa incidência de luz solar e o risco aumentado de esclerose em placas nos filhos.