Qualquer coisa pode ficar de fora, esquecida no fundo do armário na hora de arrumar a mala de férias. O biquíni, o chinelo, a toalha de praia. A única coisa que é obrigatória de verdade no verão é o filtro solar. E quem vai levar a criançada na viagem atenção — e gasto — redobrada. Segundo especialistas, protetor específico para criança não é frescura: os pequenos precisam mesmo de produtos especiais para suas peles, naturalmente mais sensíveis. “Os fotoprotetores infantis têm mais filtros físicos do que químicos e possuem na formulação substâncias que causam menos alergias e irritações”, explica Silmara Cestari, dermatologista pediátrica e professora da Universidade Federal de São Paulo.
saiba mais
Protetor solar tem que ser no mínimo 30
Médicos defendem uso diário e obrigatório de protetores para evitar possíveis cânceres de pele
-
Lei proíbe produtos em forma de cigarro para crianças
Estudo da USP afirma que crianças brasileiras são as menos ativas da América Latina
Luz de escritório, celular ou computador faz mal?
Além da composição química, na hora de escolher o produto vale ficar atento ao fator de proteção. Segundo Cestari, o mínimo recomendado é 15. “Mas a maioria dos produtos infantis tem fator de no mínimo 30, o que já é mais do que suficiente”, tranquiliza a médica. Além disso, não precisa se desesperar quando o filtro solar começar a sumir da pele da criança. “Ela pode ficar alguns minutos sem filtro solar para melhor síntese de vitamina D. Não há nenhum problema, desde que sejam apenas alguns minutos”, orienta a pediatra.
E quem quiser fazer uma economia e pegar emprestado o filtro deles para se proteger até pode, desde que não se incomode com o aspecto esbranquiçado dos protetores dos pequenos. “Cosmeticamente eles são mais espessos e esbranquiçados devido a substâncias físicas como o talco e o óxido de zinco”, explica.