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Diante da dificuldade de calcular as doses com uso de seringa, ela fez um plano de saúde e conseguiu participar de um teste para uso da bomba de insulina. Teve boa adaptação. Mas apenas a primeira batalha – a de encontrar o melhor tratamento - estava vencida.
Neste meio tempo, a terceira natalha se anunciou: Natália foi diagnósticada com lúpus, doença autoimune rara e não-contagiosa, mais frequente nas mulheres do que nos homens, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico.
Sem que Natália soubesse, os medicamentos utilizados no tratamento do lúpus também ajudavam a levar as taxas de glicose para as alturas. Após anos de luta na justiça, náuseas e desmaios, ela finalmente conseguiu o aparelho. “Com a bomba, se vejo as duas setinhas indicando que minha glicose está caindo rápido, tenho tempo de ingerir alguma coisa e evitar o desmaio”, conta Natália, animada. “Eu tive muita sorte que, nos meus episódios de hipoglicemia e desmaio, sempre estava com um amigo ou parente; e nunca sozinha, na rua. Mas conheço histórias não tão felizes”, pondera.
No início, Natália achou que poderia ter dificuldade com as roupas, por causa do uso contínuo do dispositivo. “Mas eu não tenho vergonha de usar. Tento colocá-la em local discreto, mas não é uma neurose”, ensina. Outra vantagem foi a ajuda para controle da alimentação. “Não adianta ter a bomba, depois de tudo isso, se eu não fizer a contagem de carboidratos e me alimentar de três em três horas. Tenho que fazer minha parte”, conclui.