Ela foi destaque na imprensa internacional e em vários portais de notícias no Brasil após publicar na internet uma imagem em que, aos 8 meses de gravidez, erguia uma barra de peso para um ensaio fotográfico (clique e relembre) durante um treino de CrossFit. Após o nascimento em casa de parto natural de seu terceiro filho, a norte-americana Lea-Ann Ellison mandou um recado: “Take that haters!” - ou “engulam essa, odiadores!” -, em tradução livre.
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À época ela recebeu uma enxurrada de críticas em sua página pessoal no Facebook ao que respondeu com o seguinte recado: “As pessoas sempre vão falar negativamente sobre algo que elas não entendem”. O destaque internacional dessa história rendeu a Elisson acusações de egoísta, cruel, irresponsável, obcecada.
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Skyler nasceu saudável, com 3,27 quilos, em um parto na água conduzido por parteiras em 7 de novembro. Lea-Ann Ellison – que já participou de competições de fisiculturismo – manteve os exercícios até três dias antes do nascimento do caçula. Ela já era mãe de uma menina, de 12 anos, e um garoto, de 8, que assistiram ao nascimento do irmão ao lado do pai Shane Ellison.
Na época da publicação da polêmica imagem, o Saúde Plena consultou um educador físico que afirmou que as grávidas podem e devem malhar. Henrique Castro, entretanto, fez uma distinção entre as mulheres que já são treinadas e aquelas que, ao descobrir a gestação, resolvem correr atrás do prejuízo. “O ideal é se preparar antes”, declarou.
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Assim como a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, que apareceu para as câmeras do mundo todo com a barriga ainda proeminente após o nascimento de George, seu filho com o príncipe William, Lea-Ann Ellison postou em sua página pessoal no Facebook uma foto após o primeiro mês de vida de Skyler em que exibe uma barriguinha com a seguinte legenda: “Amando meu corpo que me deu três belas e saudáveis crianças”.
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Na rede social, Elisson também manifestou um desejo: “espero fazer com que mais mulheres se tornem conscientes de suas opções de parto. O nascimento é a experiência mais incrível que uma mulher pode ter e pode ser feito com graciosidade”.
O Brasil amarga o alarmante índice de 52% de cesarianas praticadas no país - a Organização Mundial de Saúde recomenda o índice de 15%. A situação é especialmente grave na rede de saúde particular, onde 82% dos partos são por cesariana, enquanto na rede pública o percentual é de 37% do total de nascimentos, ainda muito acima da recomendação da OMS.
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