“É uma epidemia mundial, e só vai piorar. Se olharmos para o futuro, veremos que o número de pessoas idosas vai aumentar de forma significativa”, declarou Marc Wortmann, diretor executivo da ADI. “É essencial que a Organização Mundial da Saúde faça da demência uma prioridade para que o mundo se prepare para enfrentar essa situação.”
O mal de Alzheimer é o tipo mais comum de demência neurodegenerativa, que tem, entre as características, a dificuldade progressiva em reter memórias recentes, adquirir novos conhecimentos e julgar valores. A estimativa do ADI é de que 38% dos 44 milhões de casos atuais de demência estejam em países ricos. Mas, com o envelhecimento generalizado da população, espera-se que a síndrome comece a crescer em nações em desenvolvimento e subdesenvolvidas.
Na próxima semana, será realizada em Londres uma reunião do G8 — grupo formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia — sobre a demência, qualificada pelo Ministério da Saúde britânico como um “desafio mundial crescente”. Segundo Wortmann, a reunião “será uma oportunidade única para realizar progressos reais muito mais rapidamente e redobrar os esforços para encontrar tratamentos eficazes”.
De acordo com Rebecca Wood, chefe da Alzheimer Research UK, principal agência de pesquisa sobre a doença no Reino Unido, atrasando em cinco anos o início do Alzheimer, é possível reduzir pela metade o número de pessoas que morrem em função das complicações da doença. “Isso teria um impacto significativo sobre as vidas de milhões de pessoas”, avalia. Entre 60 e 65 anos, a prevalência do Alzheimer é de cerca de 1%. Depois dessa faixa etária, ela praticamente duplica a cada cinco anos. A baixa escolaridade e o sedentarismo estão associados à maior prevalência do problema neurodegenerativo.
44 milhões
Quantidade de pessoas que têm demência no mundo, segundo o Alzheimer Disease International