O Saúde Plena já falou das repercussões da prática esportiva em áreas poluídas e os riscos que ela impõe ao organismo dos atletas. Os mesmos malefícios também podem atingir pessoas que em suas atividades corriqueiras estão em contato constante com a poluição, como motoristas de ônibus, taxistas e trabalhadores de fábricas. Diminuir os efeitos negativos dela e garantir mais qualidade de vida para que não pode evitá-la ainda é desafio. No entanto, a pesquisadora brasileira Elisa Gomes, da Edinburgh Napier University, acredita que pode ter uma solução para esse problema. Por meio de testes com atletas, ela e sua equipe querem comprovar que o colostro bovino pode proteger os pulmões contra os efeitos da poluição.
O colostro bovino é utilizado há bastante tempo como suplemento alimentar por fisiculturistas, mas o uso no combate à poluentes atmosféricos é novo. O alimento é o leite produzido nas primeiras 48 horas após o parto. Seja em humanos ou animais, ele é rico em sais minerais, proteínas, anticorpos que fortalecem o sistema imunológico e antioxidantes. Foi essa última característica que chamou a atenção da doutora em Fisiologia e Imunologia do Exercício, uma vez que o ozônio – um dos poluentes mais encontrados em nossa atmosfera – tem características oxidantes.
Apesar da pesquisa ser focada no desempenho de atletas profissionais, Elisa acredita que os resultados podem servir para qualquer pessoa muito exposta à poluição. “Atletas são bons para serem utilizados como participantes pois conseguem fazer uma intensidade elevada de atividade física, aumentando a inalação do poluente”, explica. O agravante no caso dos atletas, segundo a pesquisadora, é de que com a inalação profunda, os poluentes possam atingir regiões mais profundas do pulmão.
Independentemente a qual grupo uma pessoa pertencer, a hipótese de Elisa é de que o colostro aumentaria o sistema de defesa e a rede de antioxidantes pulmonares, tornando o indivíduo menos susceptível aos efeitos da poluição. “Todos somos afetados por ela”, destaca.
Rio 2016
Apesar de não ser comissionada por um comitê olímpico específico, a pesquisa tem como foco ajudar a melhorar a performance de atletas durante os Jogos no Rio de Janeiro, em 2016. Em uma pesquisa anterior, encomendada pelo Comitê Britânico, Elisa comprovou a associação de temperatura, umidade e ozônio reduz bastante o desempenho de atletas profissionais. Por mais que os níveis de poluição da capital fluminense não se equiparem à de Pequim, em 2008, eles ainda são motivos de preocupação, especialmente se considerado o calor carioca e o alto índice de umidade.
A pesquisa está em fase de testes. Ciclistas competitivos irão ingerir colostro diariamente por duas semanas, tendo sua performance monitorada em um ambiente que replica o do Rio. Outra proposta é analisar se o alimento ajuda a diminuir a inflamação do pulmão e a aumentar a permeabilidade intestinal. Os resultados
O colostro bovino é utilizado há bastante tempo como suplemento alimentar por fisiculturistas, mas o uso no combate à poluentes atmosféricos é novo. O alimento é o leite produzido nas primeiras 48 horas após o parto. Seja em humanos ou animais, ele é rico em sais minerais, proteínas, anticorpos que fortalecem o sistema imunológico e antioxidantes. Foi essa última característica que chamou a atenção da doutora em Fisiologia e Imunologia do Exercício, uma vez que o ozônio – um dos poluentes mais encontrados em nossa atmosfera – tem características oxidantes.
Apesar da pesquisa ser focada no desempenho de atletas profissionais, Elisa acredita que os resultados podem servir para qualquer pessoa muito exposta à poluição. “Atletas são bons para serem utilizados como participantes pois conseguem fazer uma intensidade elevada de atividade física, aumentando a inalação do poluente”, explica. O agravante no caso dos atletas, segundo a pesquisadora, é de que com a inalação profunda, os poluentes possam atingir regiões mais profundas do pulmão.
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Rio 2016
Apesar de não ser comissionada por um comitê olímpico específico, a pesquisa tem como foco ajudar a melhorar a performance de atletas durante os Jogos no Rio de Janeiro, em 2016. Em uma pesquisa anterior, encomendada pelo Comitê Britânico, Elisa comprovou a associação de temperatura, umidade e ozônio reduz bastante o desempenho de atletas profissionais. Por mais que os níveis de poluição da capital fluminense não se equiparem à de Pequim, em 2008, eles ainda são motivos de preocupação, especialmente se considerado o calor carioca e o alto índice de umidade.
A pesquisa está em fase de testes. Ciclistas competitivos irão ingerir colostro diariamente por duas semanas, tendo sua performance monitorada em um ambiente que replica o do Rio. Outra proposta é analisar se o alimento ajuda a diminuir a inflamação do pulmão e a aumentar a permeabilidade intestinal. Os resultados