Ele está em todos os lugares. Mesmo que tentemos controlar a alimentação, o sódio ainda preocupa. Recentemente, um acordo assinado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) determinou que 16 grupos de alimentos deveriam reduzir a quantidade da substância. Até 2020, o objetivo é que sejam retirados 28 mil toneladas de sódio de carnes e laticínios. Myrna Campagnoli, endocrinologista do Laboratório Exame, explica que o principal efeito do sódio em excesso é a hipertensão arterial. “Isso faz com que a pessoa fique inchada e pode também causar problemas cardíacos”, completa.
Isso acontece, de acordo com a especialista, porque o sódio, depois de absorvido pelo corpo, vai direto para a corrente sanguínea. Lá, ele estimulará os rins e a suprarrenal, glândula localizada acima dos rins. “Isso diminui a quantidade de urina, e o organismo passa a reter líquido.” Entretanto, cortar todo o sódio da dieta, ainda que fosse possível, não seria bom. Campagnoli frisa que a falta da substância pode gerar uma situação de hipotensão, ou pressão baixa. “A pressão sanguínea serve para fazer com que o sangue com nutrientes e oxigênio chegue aos órgãos e tecidos”, justifica. “Se há pressão baixa, isso não acontece e as funções ficam prejudicadas.”
De acordo com Sidney Cunha, cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, indivíduos com insuficiência cardíaca devem ter ainda mais cuidado, uma vez que o quadro pode piorar com o excesso de sal. Parte do problema está em distinguir os “níveis seguros” de consumo. Não há como saber, por exemplo, qual é a quantidade de sal usada em alimentos preparados em restaurantes. “Para quem já é hipertenso, a quantidade limite de sódio diária equivale a cerca de 2g a 3g de sal”, estima. “Para quem quer se prevenir da doença, até 6g.” Cunha reconhece que essa é uma medida médica e não muito prática no dia a dia, mas indica que as pessoas treinem o paladar em casa para reconhecer excessos na rua. “Uma solução seria fazer o preparo dos alimentos em casa completamente sem sal e, depois, acrescentar apenas o recomendado”, sugere.
saiba mais
Redução de sódio em produtos atinge 90% da comida industrializada no país
Pesquisadores conseguem manter gosto de alimentos com menos sódio
Parte dos brasileiros desconhece alimentos com alto teor de sal; veja quais são eles
Ministério da Saúde firma mais um acordo para redução de sal nos alimentos
União de duas terapias consegue reabilitar pacientes que sofreram derrame
De acordo com Sidney Cunha, cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, indivíduos com insuficiência cardíaca devem ter ainda mais cuidado, uma vez que o quadro pode piorar com o excesso de sal. Parte do problema está em distinguir os “níveis seguros” de consumo. Não há como saber, por exemplo, qual é a quantidade de sal usada em alimentos preparados em restaurantes. “Para quem já é hipertenso, a quantidade limite de sódio diária equivale a cerca de 2g a 3g de sal”, estima. “Para quem quer se prevenir da doença, até 6g.” Cunha reconhece que essa é uma medida médica e não muito prática no dia a dia, mas indica que as pessoas treinem o paladar em casa para reconhecer excessos na rua. “Uma solução seria fazer o preparo dos alimentos em casa completamente sem sal e, depois, acrescentar apenas o recomendado”, sugere.