Isso acontece, de acordo com a especialista, porque o sódio, depois de absorvido pelo corpo, vai direto para a corrente sanguínea. Lá, ele estimulará os rins e a suprarrenal, glândula localizada acima dos rins. “Isso diminui a quantidade de urina, e o organismo passa a reter líquido.” Entretanto, cortar todo o sódio da dieta, ainda que fosse possível, não seria bom.
De acordo com Sidney Cunha, cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, indivíduos com insuficiência cardíaca devem ter ainda mais cuidado, uma vez que o quadro pode piorar com o excesso de sal. Parte do problema está em distinguir os “níveis seguros” de consumo. Não há como saber, por exemplo, qual é a quantidade de sal usada em alimentos preparados em restaurantes. “Para quem já é hipertenso, a quantidade limite de sódio diária equivale a cerca de 2g a 3g de sal”, estima. “Para quem quer se prevenir da doença, até 6g.” Cunha reconhece que essa é uma medida médica e não muito prática no dia a dia, mas indica que as pessoas treinem o paladar em casa para reconhecer excessos na rua. “Uma solução seria fazer o preparo dos alimentos em casa completamente sem sal e, depois, acrescentar apenas o recomendado”, sugere..