Às vezes você pode mentir sem saber. É isso que a organização não-governamental (ONG) francesa Aides quer lembrar às pessoas em sua mais recente campanha de prevenção ao vírus HIV. O protagonista do vídeo é um Pinóquio na casa de seus 20 anos que tem uma noite quente com uma garota depois de uma balada. Ao final do vídeo, a companheira pergunta se o rapaz tem camisinha e o rapaz de madeira vê seu nariz crescer ao responder que não tem problema se eles continuarem sem.
A proposta é clara: mostrar quão importante é se testar e que prevenção nunca é demais. Apesar da redução no número de novas infecções, a Aids ainda é uma epidemia mundial. Os dados mais recentes da ONU indicam que, no final de 2011, a lista de infectados chegava a 34 milhões de pessoas. No Brasil, desde a década de 1980, foram confirmados cerca de 650 mil casos da doença, sendo quase 39 mil novos deles em 2011. No próximo domingo, dia 1º de dezembro, é celebrado o Dia Internacional de Luta Contra a Aids.
Veja o vídeo da campanha:
Segundo a Aides, só na Europa, mais de 650 mil pessoas não sabem que são portadores do vírus. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil a proporção de desinformados é ainda maior e 150 mil pessoas convivem com o HIV sem saber que têm a doença, ou seja, uma a cada quatro portadores não sabe que está infectado. Além de colocarem sua saúde em risco ao não se testar, eles também ameaçam a saúde de seus respectivos parceiros e sem a informação é fácil perder o controle sobre a proliferação da doença.
Na contramão da tendência mundial que vem registrando queda no número de novas infecções, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) observou um crescimento em novos casos da doença na Europa Oriental e na Ásia Central. No Oriente Médio e no Norte da África, desde 2006, esse número duplicou. Na América Latina e Caribe, o tratamento tem avançado e o Brasil é um dos sete países do continente que possui cobertura universal contra a doença.
A estimativa é de que 2,3 milhões de pessoas tenham sido infectadas pela doença em 2012 e que 1,6 milhões tenham falecido por complicações relacionadas à Aids.
Teste rápido
Atualmente, no Brasil, 345 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) disponibilizam o teste rápido anti-HIV, além de oferecer aconselhamento sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e qualidade de vida, além das maternidades publicas e dos serviços especializados. Cerca de 60% das Unidades Básicas de Saúde (UBS) também oferecem o teste rápido.
O teste rápido exige apenas uma gota de sangue do paciente e fica pronto em cerca de 30 minutos. No ano passado, cerca de 3,7 milhões de testes rápidos anti-HIV foram disponibilizados no país. Em 2005, esse número era de 500 mil testes de HIV, o que representa mais de 300% de aumento na testagem. (Com informações do Portal Brasil)