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A “aula de corrida” (tradução literal do inglês), tem duração de cerca de 30 minutos e é praticada sobre esteiras ergométricas, que simulam situações reais. O instrutor Carlos Eduardo Silva explica a dinâmica da modalidade. “Cada aula tem uma cadência diferente. Por exemplo, podemos trabalhar o tipo progressivo-montanha, na qual a velocidade de corrida não é tão grande, mas vamos aumentando progressivamente a inclinação, simulando a subida de uma montanha ou encosta.” Outro “tema” de aula pode ser o endurance, no qual o aluno passa 30 minutos correndo sem parar, geralmente sem inclinação. Há ainda o estilo intervalado, no qual a aula é dividida em tiros, com duração de um a três minutos cada.
Segundo o instrutor, cada sessão pode gastar entre 800 e 1.200 calorias, em meia hora de exercício. “É uma modalidade de queima calórica extremamente rápida. Apesar disso, nenhum aluno força seu corpo durante o encontro. Cada pessoa tem uma aula com intensidade diferente, ideal para sua capacidade aeróbica”, diz o professor. Carlos Eduardo reforça que, antes de começar a atividade, todos devem passar pela avaliação física da academia. Com os dados de cada um em mãos, o professor prepara uma aula personalizada. “Com isso, não existe a possibilidade de passarmos um treino forte demais, reduzindo muito a possibilidade de lesões durante a prática”, diz Carlos.
O militar Luiz Carlos Dulius, 42 anos, pratica running class há cerca de três meses. Após começar a correr, influenciado pela mulher, rapidamente se apaixonou pela atividade e passou a praticá-la por gosto próprio. “Minha esposa, que é professora de educação física, corre há algum tempo em grupos de corrida. Passei a acompanhá-la e, rapidamente, peguei o gosto pelo esporte, por ser muitro prático e barato.” Além disso, o militar exalta a eficiência da modalidade para seu objetivo, que era perder peso. “Fiz um plano alimentar, que é diferente da dieta, que só regula meu horário de comida, não o que estou comendo. Associando o plano à running class, perdi cerca de 10kg em três meses”, conta Luiz.
O instrutor de running Pedro Antunes exalta o fato de a modalidade seduzir os praticantes graças ao caráter dinâmico e efetivo. “É muito comum ver pessoas que realmente não têm afinidade com o mundo das academias ou pessoas com o tipo físico já bem deteriorado virarem adeptas fervorosas logo na primeira aula. É tudo muito rápido, o que torna a modalidade atraente àqueles que não são do mundo fitness”, aponta Pedro.
Carlos Eduardo reforça as palavras de Pedro, acrescentando a questão hormonal envolvida. “Pela minha percepção, as pessoas voltam após a primeira aula porque ela é, de fato, muito prazerosa. Mais do que resultados, penso que as pessoas buscam bem-estar. A modalidade proporciona muita endorfina, o que faz com que o praticante se sinta bem, com aquela sensação de dever cumprido”, diz.