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A especialista afirma que o exercício trabalha o equilíbrio, ensina a mergulhar e a fazer diferentes posicionamentos na água, respeitando os limites de cada bebê. Em alguns momentos, os pequenos alunos ficam reunidos em roda com os pais; em outros ficam dispersos, e revezam o colo dos responsáveis e o da professora. A aula é sequenciada, de forma que cada um faça todos os exercícios.
Segundo a pediatra e presidente do Comitê de Cuidados Primários da Sociedade Mineira de Pediatria, Mônica Vasconcelos, a atividade é positiva para os bebês, pois aumenta a função cardiorrespiratória e melhora o sono. “Após o exercício, a criança fica mais tranquila porque o contato com a água gera esse efeito relaxante. Além disso, o bebê está adaptado com a água devido ao ambiente intrauterino.” A professora completa que os benefícios são também relacionados a outras áreas da vida do bebê. “Ele começa a compartilhar, a respeitar o outro e o momento do outro, a ter limites e a aprender a nadar em segurança”, afirma.
E familiarizar desde pequena com a água foi o que motivou a pesquisadora Ana Lanza Queiroz a colocar a pequena Morena Lanza Nogueira, de apenas 1 ano, nas aulas. O maior medo da mãe era a filha não saber como agir em uma piscina. “Acho que toda criança tem que saber nadar. Li muito e depois de pesquisar vi as vantagens para o desenvolvimento infantil. Conversei com a pediatra dela e me foi me indicado fazer uma aula experimental. Na primeira a Morena apaixonou”, conta.
A garotinha participa da atividade duas vezes por semana desde os nove meses de vida. Segundo Ana, a filha participa ativamente das aulas, canta as músicas e se socializa com os coleguinhas. “Eu quis proteger minha filha quando a coloquei na natação porque quero que ela saiba nadar. E ela se sente supersegura na piscina”, diz.
RECOMENDAÇÕES
A pediatra destaca que a atividade é recomendada a partir dos seis meses e que os bebês devem estar com o cartão de vacinas completo. Já para aqueles que têm problemas respiratórios de vias aéreas, como rinites ou otites de repetição, a atividade pode não ser indicada, pois o contato com a água e com o cloro pode predispor a um quadro infeccioso. Cada caso deve ser avaliado pelo pediatra do bebê. “Os pais devem atentar para a temperatura da água e se a piscina é limpa e bem tratada”, completa.
Os pais devem ficar atentos se o profissional que dá a aula é capacitado para direcionar a atividade. “O instrutor tem que estar preparado e deve conhecer a fisiologia e o desenvolvimento motor da crianças”, completa. A professora de educação física Silvina Vasconcelos afirma que o educador deve ter experiência com bebês e que “buscar indicações e fazer uma aula experimental é necessário para que o pai se sintam seguros”.
A médica Luciana de Figueiredo Barbosa também colocou a filha Isabela Barbosa Faleiro, de 2 anos, nas aulas. A intenção era melhorar o desenvolvimento da filha e também fazer com que ela se familiarize com o meio aquático. “Ela fica mais à vontade dentro da piscina, já mergulha sem engasgar e o sono e apetite dela melhoraram muito com a atividade, principalmente nos dias da natação. Ela adora água”, conta a mãe, que faz questão de levar a filha duas vezes por semana para a aula.
É tudo de bom
A natação para os bebês é uma brincadeira que gera aprendizado. Confira alguns benefícios:
- Aumenta a capacidade cardiorrespiratória
- Melhora a coordenação psicomotora
- Melhora o sono, pois a água tem efeito relaxante
- Estreita os laços do bebê com a mãe ou o pai, pois a aula deve ser acompanhada por um adulto de confiança, que costuma ser um dos pais
- Melhora a postura e pode agilizar no início dos primeiros passos, pois a água dá firmeza para o corpo do bebê