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2 - Como se organizar e evitar a desordem diária: crie espaço e verifique diariamente o que você usará e o que deverá ficar guardado. Defina lugares para chaves, contas e outros itens que se perdem facilmente. Jogue fora tudo o que não for necessário. Crie o hábito de usar agenda, faça listas e anote tudo o que for importante, como tarefas, compromissos e projetos. Planejamento é condição necessária para o bom desempenho das pessoas com TDAH. Para evitar o esquecimento, procrastinação e desordem, faça o que tiver que ser feito na hora, evitando deixar para depois. Estabeleça um sistema de arquivamento. Use divisores, separe pelo tipo de documento (receitas, contas, fichas de inscrição, etc.) e faça etiquetas.
3- Administre seu tempo e não perca compromissos: use um relógio que esteja sempre à vista e com o horário certo. Quando começar uma tarefa, diga em voz alta ou anote o horário, além de marcar uma quantidade de tempo para executá-la. Defina as suas tarefas mais importantes do dia e depois as de menor importância. Crie uma curta rotina diária e defina o tempo para ela. Dê mais tempo do que você julga necessário. Por exemplo, se você acha que para realizar determinada tarefa, ou encontrar alguém em outro lugar, você levará por volta de 30 minutos, adicione 15 minutos. Anote os horários de seus compromissos com 15 minutos (ou o tempo que você julgar necessário) de antecedência e use alarmes para que você chegue na hora certa. Aprenda a dizer não. Verifique sempre sua agenda para ver se você realmente pode aceitar um compromisso, tarefa ou trabalho extra, de maneira que isso não
o prejudique.
* Fonte: www.tdah.org.br
Personagem da notícia: Carlos Felipe Marrafa, de 30 anos, técnico em tecnologia da informação
Estou muito bem
"Descobri que tinha TDAH aos 17 anos. A coordenadora da minha escola na época levantou a hipótese e conversou com minha mãe. Eu era um menino inteligente, mas muito desligado. Não conseguia prestar atenção e não me concentrava. Alertados, procuramos informações na internet, compramos livros, pesquisamos o tratamento e, por fim, buscamos ajuda. Passei por alguns psiquiatras, mas dispensei todos por não me adaptar. Aos 24 anos, me acertei com um médico e iniciei o tratamento com remédio e terapia. Desde então conheci outro mundo. Ainda tenho dificuldades de concentração. Na escola é mais fácil, são só quatro horas diárias. Já no trabalho, em que fico de oito a 10 horas por dia, tenho mais cuidado, mas estou indo muito bem. Consigo organizar meus pensamentos e minhas relações melhoraram em todas as áreas. Tenho planos e sonhos que, agora, tenho certeza de que vou realizá-los. Recomendo a todos com TDAH de não desistir porque o tratamento tem resultado para vivermos melhor.”