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E os tratamentos conseguiam, até agora, retardar a perda de cabelos, mas não estimulavam o crescimento de novos fios. Nessa nova pesquisa, as células humanas, depois de cultivadas, foram reimplantadas na pele de camundongos, permitindo a produção de folículos pilosos.
“O método permite desenvolver um grande número de folículos ou regenerar os folículos existentes, usando células da derme papilar provenientes de uma centena de doadores de cabelos”, disse Angela Christianio, professora de dermatologia da Universidade de Columbia, em Nova York, principal coautora do estudo, publicado nas Atas da Academia Americana de Ciências (Pnas). “A técnica poderia tornar o implante capilar acessível às pessoas com um pequeno número de folículos, tanto homens quanto mulheres, ou em indivíduos que sofreram queimaduras”, acrescentou.
Para a pesquisa, as células papilares provenientes de sete pessoas foram cultivadas em laboratório, onde tiveram sua agregação induzida de forma a criar as condições necessárias para o crescimento dos cabelos, explicou Claire Higgins, da Universidade de Columbia, outra autora do trabalho. Depois de alguns dias, as células papilares inseridas entre a derme e a epiderme de um fragmento de pele humana foram inseridas nas costas dos camundongos. Em cinco dos sete testes, o enxerto produziu cabelos novos durante pelo menos seis semanas. Exame de DNA mostrou que os novos folículos pilosos eram humanos e geneticamente similares aos dos doadores das células papilares. Segundo os autores do estudo, no entanto, é necessário fazer mais trabalhos antes que a técnica possa ser testada em humanos. Eles precisam determinar as origens das propriedades intrínsecas dos novos cabelos, como cor, ângulo de crescimento, localização na cabeça e textura.
De tempos em tempos cientistas anunciam pesquisas que sinalizam uma forma de vencer a calvície. Os dois últimos anúncios ocorreram no ano passado e em 2011. O mais recente foi feito na Universidade de Ciência de Tokyo, e conduzido pelo professor Takashi Tsuji, que trabalhou com o implante de folículos criados a partir de células-tronco. O estudo de 2011 foi da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (Ucla), em que cientistas deram injeções de um composto chamado astressin-B, por cinco dias, em ratos geneticamente modificados para ter calvície.