Saúde

Dança caribenha, Zouk faz perder até 600 calorias por hora

O exercício aeróbico de baixo impacto tem se tornado uma ótima opção para quem quer colocar o corpo em forma e combater as gordurinhas extras, especialmente agora, com a chegada do verão

Variação da lambada, o zouk saiu das Antilhas caribenhas, ganhou popularidade na França e, ao chegar por aqui, recebeu um toque brasileiro. Sensual, com movimentos suaves e marcado por sucessivos giros de cabeça das mulheres, hoje o zouk é um dos estilos de dança mais procurados pelos belo-horizontinos. E não é só pela diversão que proporciona. A atividade física é intensa e pode levar à perda de até 600 calorias em uma hora de prática. O exercício aeróbico de baixo impacto tem se tornado uma ótima opção para quem quer colocar o corpo em forma e combater as gordurinhas extras, especialmente agora, com a chegada do verão.


Segundo Leonardo Silva, professor de dança da Contato do Corpo, em Betim, na virada do segundo semestre deste ano 135 novos alunos procuraram a escola para dar os primeiros passos na dança. “Desses, 50 foram para o zouk e os demais se dividiram em todos os outros ritmos. É o dobro da procura para essa época do ano”, avalia o professor, com mais de 13 anos de experiência no zouk. Alunos com idade entre 20 e 40 anos são os mais interessados pelo ritmo. “O zouk tem atraído muito o público jovem que antes não via na dança de salão um caminho. As pessoas começaram a gostar do ritmo, que tem músicas mais atuais, é sensual e requer mais contato físico”, afirma Léo Silva, como é conhecido no meio.

Os alunos de zouk geralmente ganham agilidade em um prazo de três a quatro meses
A atividade trabalha o corpo todo e garante um preparo físico completo. “É muito comum que as mulheres dancem na meia-ponta, postura que trabalha bastante a panturrilha. No geral, a perna toda é exigida”, afirma a professora de dança da escola Passo Básico Cecília Rocha. Os membros inferiores são os mais utilizados nas primeiras aulas, que começam bem simples e não requerem qualquer experiência.

“Também usamos bastante o quadril. Aos poucos vamos introduzindo os movimentos de tronco e cabeça, o que demanda alongamento e relaxamento”, explica Cecília. É uma dança que também requer equilíbrio, como lembra Léo Silva. “Há muitos movimentos com giros e, por isso, o equilíbrio é muito trabalhado, além da força e agilidade”, acrescenta. Sem contar a coordenação motora e o preparo cardiorrespiratório aperfeiçoados a cada nova aula.

Para acompanhar o processo de aprendizado, as músicas começam em velocidade menor e vão acelerando à medida que os alunos avançam. Três a quatro meses é o tempo médio estimado para que se ganhe desenvoltura suficiente, inclusive, para participar dos bailes que são organizados pelas escolas de dança. “Quando começam a frequentar os bailes, aí sim os alunos melhoram muito o preparo físico”, reconhece Cecília. “Lá, se dança o tempo todo”, garante Léo.

Socorro Hyodo e o filho André participam de vários bailes. Ela, para fazer uma atividade física; ele, para se livrar da timidez
A advogada Socorro Hyodo, de 48 anos, e o filho André Hyodo, de 16, são frequentadores assíduos dos bailes. “Vamos a todos, que devem ocorrer pelo menos duas vezes por mês”, conta ela. Atraídos pela sensualidade do zouk, mãe e filho têm objetivos distintos. “Vim para a dança como forma de encontrar uma distração, mas é também uma ótima atividade física. Além de trabalhar o corpo todo, a gente percebe uma melhoria muito grande da postura”, afirma Socorro. Para André, o zouk foi uma alternativa para reduzir a timidez. “Acho que diminui. Mas nos bailes não chamo as pessoas para dançar. São elas que me chamam”, conta, ainda acanhado.

VIDA SOCIAL
O aspecto social é outro benefício intrínseco à dança e não poderia ser diferente com o zouk. “A autoconfiança e a autoestima aumentam muito. E acaba que nos bailes e festas há muita interação, o que ajuda a ampliar a rede de amigos”, afirma Léo Silva. Arma perfeita não só para o combate à timidez como também à depressão. “Hoje esses são dois dos motivos que mais atraem as pessoas para as escolas de dança”, acrescenta o professor.