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O problema é "muito comum" e uma condição conhecida como delírio afeta três quartos das pessoas tratadas em UCIs. O dano cerebral subsequente dura por pelo menos um ano em pelo menos um em cada três, destacou um estudo no periódico New England Journal of Medicine.
Muitos destes pacientes vivem um "pesadelo particular", uma vez que a comunidade médica desconhece amplamente o fenômeno, afirmou o autor sênior Wes Ely, professor de Medicina da Universidade Vanderbilt em Nashville, Tennessee.
"Que dilema nós temos na medicina, com tantas pessoas deixando os nossos cuidados com uma forma de dano cerebral que era essencialmente insuspeita para o profissional médico mediano", disse Ely à AFP.
"Trabalhamos tanto para ajudá-los a sobreviver e nós pensamos que quando deixavam de precisar dos aparelhos e saíam do choque nós teríamos feito nosso trabalho e poderíamos mandá-los seguir com suas vidas", afirmou.
"Estas pessoas podem ter sobrevivido, mas estão saindo com uma série de problemas inteiramente nova", acrescentou.
Sua luta se relacionou à duração em que os pacientes sofreram delírio, um estado de confusão mental que normalmente acomete pacientes seriamente doentes.
Pesquisas anteriores já tinham mostrado que o delírio pode levar a atrofia cerebral, ao inflamar e matar neurônios, embora mais estudos sejam necessários para compreender porque e como funciona.
Os cientistas também sabem que o delírio é mais provável de ocorrer quando doses mais altas de drogas como sedativos e analgésicos são dadas aos pacientes.
O estudo foi feito com 821 pacientes, dos quais 6% se acredita ter algum tipo de prejuízo cognitivo quando entram no hospital.
Os pacientes, entre os 18 e os 99 anos e idade média de 61, deram entrada aos cuidados intensivos após sofrerem ataques cardíacos severos, insuficiência respiratória ou choque séptico.
O delírio se desenvolveu em 74% dos pacientes enquanto estavam no hospital e normalmente teve quatro dias de duração.