

saiba mais
Os médicos não confirmaram, mas o nome normalmente atribuído a casos similares é craniopagus parasiticus. “Craniopagus significa que estão ligadas pelo crânio e parasiticus, que um dos organismos age como parasita”, afirma.
Ainda segundo a especialista, a expectativa de vida da criança irá depender da integridade do cérebro da garota que sobreviveu. A situação pode ser complicada se outros órgãos vitais tenham se fusionado, além do crânio. A região do crânio afetada pela conexão também irá afetar a vida da pequena Asree. “Ela corre o risco de ter sofrido uma lesão cerebral grave, muitas vezes sem tratamento, e pode viver com algum tipo de deficiência”, diz.

Em 2005, um caso semelhante aconteceu no Egito. A garota Manar Maged nasceu com uma segunda cabeça fusionada à sua que, ao contrário do caso afegão, já tinha um rosto formado, piscava e sorria. Apesar de ter sobrevivido à cirurgia, a menina egípcia faleceu um ano após a operação devido à uma infecção cerebral.
A decisão de operar ou não é baseada na quantidade de órgãos vitais envolvidos. Em muitos casos, a separação não é possível. Em situações extremas, nenhuma das crianças consegue sobreviver.
Ainda segundo Schuler-Faccini, esse tipo de anomalia pode ser detectado por ultrasonografias, entre 18 e 20 semanas de gestação. Dependendo do tamanho da anomalia, até mais precocemente. (Com agências)