Hoje, Dia Nacional de Combate à Halitose, é um bom momento para falar sobre o assunto que é, sim, tabu. Está a alcance de qualquer um fazer chegar àquele ou àquela que tem halitose a consciência do problema. A Associação Brasileira de Halitose (ABH) oferece o serviço SOS Mau Hálito. Pela internet, o usuário pode pedir que uma pessoa seja avisada por e-mail ou carta e o anonimato é garantido. “Com medo da reação, não temos coragem de falar diretamente. O SOS Mau Hálito foi criado com essa finalidade e funciona muito bem. Além do alerta, o comunicado explica o que é halitose e indica profissionais de todo o Brasil que fazem o tratamento. A pessoa pode até ficar assustada de início, mas em compensação, procura ajuda”, explica Jacqueline que já atendeu muita gente por causa dessa ferramenta.
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O paciente também recebe orientações de higiene bucal e alimentação. Jacqueline Chaves Duarte explica que alguns alimentos – ricos em enxofre - pioram o mau hálito. São eles: repolho, brócolis, couve, couve flor, couve de Bruxelas, alcachofra, alho e cebola.
Autoestima
A dentista alerta ainda que a partir do momento que o paciente toma conhecimento do mau hálito a autoestima é abalada instantaneamente. “As pessoas se retraem nos contatos sociais, param de se encontrar com amigos, se silenciam no ambiente de trabalho, param de sair. A vida da trava”, afirma. Jacqueline relembra o caso de um paciente que por dez anos optou em trabalhar na seção de estoque de uma empresa, completamente sozinho, para não ter que se relacionar com pessoas. “Ele tinha pavor que alguém percebesse o mau hálito dele e passou a se ver de forma negativa”, conta.
Prevenção e cuidados
Jacqueline Chaves Duarte diz que as pessoas precisam aprender a prevenir o mau hálito. Para ela, o uso de limpador de língua – aparelho vendido em farmácias – é tão importante quanto a escova de dente e o fio dental.
Outra dica é evitar o uso de enxaguante bucal. “A maioria contém álcool e o contato do líquido com a boca vai ser mais um fator de ressecamento e descamação”, explica.
A especialista também alerta para o fato de muita gente associar a halitose com problemas que vêm do estômago, apesar de não existir essa relação. Por isso, procuram clínico geral, gastroenterologista ou otorrinolaringologista. “São profissionais não tratam o mau hálito e muita gente acaba desacreditando que exista solução para o problema”, pondera.