A proporção entre as mortes provocadas por câncer e aquelas provocadas por doenças de coração vem aumentado nos últimos dez anos. De acordo com levantamento feito pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, 686 mortes por câncer foram registradas no ano passado no hospital, número 68% maior que as 408 mortes que ocorreram por problemas do coração.
Segundo o médico Roberto Dantas Queiroz, diretor-geral do Hospital do Servidor, esse percentual deve aumentar ainda mais nos próximos anos, já que pesquisas e tratamentos em cardiologia tem avançado. “O que acontece hoje também é que a própria cardiologia avançou muito tanto na prevenção e na detecção da doença - com diagnóstico precoce, quanto nos tratamentos que estão mais avançados e que são menos agressivos e menos invasivos”, falou o médico.
Queiroz relacionou o aumento das mortes por câncer com o aumento da população idosa no país. Seis em cada dez pacientes do hospital têm mais de 60 anos. Para ele, a pesquisa é importante, pois a realidade do Hospital do Servidor é a realidade que o Brasil vai viver em breve.
“Seremos como a Europa, por exemplo, onde há muito mais pacientes idosos do que jovens. Vamos ter que ter uma política pública para se preparar nesse sentido”, falou. “As pessoas, vivendo mais, têm mais chance de ter câncer e de ter recidivas de câncer também”, acrescentou.
Na opinião do especialista, o país precisa se preparar para esse cenário e investir em políticas públicas não só para o tratamento do câncer, mas para outras doenças comuns entre a população idosa, como as degenerativas. “O Brasil, como um todo, não sei se está preparado. Não há grandes centros oncológicos por aí e isso também vai, com certeza, elevar custos porque o tratamento do câncer não é um tratamento barato”, falou.
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Queiroz relacionou o aumento das mortes por câncer com o aumento da população idosa no país. Seis em cada dez pacientes do hospital têm mais de 60 anos. Para ele, a pesquisa é importante, pois a realidade do Hospital do Servidor é a realidade que o Brasil vai viver em breve.
“Seremos como a Europa, por exemplo, onde há muito mais pacientes idosos do que jovens. Vamos ter que ter uma política pública para se preparar nesse sentido”, falou. “As pessoas, vivendo mais, têm mais chance de ter câncer e de ter recidivas de câncer também”, acrescentou.
Na opinião do especialista, o país precisa se preparar para esse cenário e investir em políticas públicas não só para o tratamento do câncer, mas para outras doenças comuns entre a população idosa, como as degenerativas. “O Brasil, como um todo, não sei se está preparado. Não há grandes centros oncológicos por aí e isso também vai, com certeza, elevar custos porque o tratamento do câncer não é um tratamento barato”, falou.