
saiba mais
-
Consumo de nozes após a refeição ajuda a prevenir doenças cardiovasculares
-
Projeto global quer reduzir mortalidade por doenças cardiovasculares
-
Não só doenças respiratórias dão o ar da graça no inverno: infarto e AVC são riscos reais
-
Exames simples podem identificar câncer no coração com boas chances de cura
-
Friozinho do ar-condicionado pode ajudar a emagrecer; entenda como
-
Saiba o que as mudanças drásticas de temperaturas fazem com seu corpo
-
Pesquisadores brasileiros criam coração provisório para pacientes que aguardam transplante
-
Especialista diz que Brasil está atrasado em implantes cardíacos
-
Cientistas desenvolvem método de recuperação para corações acometidos por enfarte

Para o pesquisador, o aumento do risco associado à diminuição da temperatura inclui a estimulação de receptores de frio na pele e do sistema nervoso simpático, um dos componentes do sistema nervoso autônomo, responsável pelo controle involuntário de vários órgãos internos. “Issto, juntamente com o volume de plasma reduzido e aumento da viscosidade do sangue durante a exposição ao frio, provoca trombose, consequentemente, o infarto”, defendeu Marc, alertando as pessoas com risco para o mal a evitar se expor a mudanças bruscas de temperatura e a usar roupas adequadamente quentes ao ar livre quando há quedas nos termômetros.

Mas o cardiologista Marcus Vinícius Bolívar Malachias, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, é cauteloso diante da comprovação dos pesquisadores. “A baixa temperatura, em muitos casos, pode até proteger o paciente que fez uma cirurgia cardíaca. Mas, de fato, o organismo, durante os dias frios, contrai as artérias, e para quem já tem alguma doença cardíaca, a estação passa a ser um risco. É um risco também para quem viaja para o exterior, já que no Brasil não temos o frio europeu. Mas, quando é verão aqui, em época de férias, nós, brasileiros, gostamos de ir à Europa, e lá é inverno com temperaturas abaixo de zero. Por isso, é preciso cuidado”, analisa.

Marcus Bolívar destacou os novos anticoagulantes orais como parte importante nas discussões do congresso, assim como Márcio Jansen. “Esses novos fármacos têm melhorado a qualidade de vida dos pacientes”, afirmou Bolívar, lembrando que a indústria farmacêutica apresentou também suas falhas, como os resultados da fase II Re-Align, na qual o estudo mostrou que o tratamento com o anticoagulante etexilato de dabigatrana resultou em um maior número de complicações tromboembólicas e hemorragias em doentes com válvulas cardíacas mecânicas do que com o tratamento padrão usando o medicamento warfarina. O estudo, apresentado por Frans van de Werf, do Hospital Universitário de Leuven, na Bélgica, e publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine, foi interrompido precocemente por causa dos resultados decepcionantes.
Por outro lado, foram apresentados resultados do medicamento que tem como princípio ativo a rivaroxabana. No mercado desde 2009, a medicação era indicada para prevenção e tratamento contra o trombolismo venoso e prevenção da fibrilação atrial. Novas pesquisas, no entanto, mostraram que o remédio é eficaz e seguro também para o tratamento de embolia pulmonar.
* A repórter viajou a convite da Bayer