A partir de análises microbiológicas em 150 alimentos prontos, o estudo constatou que, deste total, 11% estão impróprios para o consumo. Foram encontrados microrganismos nocivos à saúde, como coliformes fecais, estafilococos e bacillus cereus. Conforme a Proteste, estas bactérias podem ocasionar uma síndrome conhecida como DTA, sigla para Doença Transmitida por Alimento, que provoca diarreia, vômitos, perda do apetite e náuseas.
Um levantamento realizado em 2011 pelo Instituto Data Popular mostrou que 65% da população brasileira tem o hábito de comer fora. Para ajuda o consumidor a escolher o melhor lugar para comer, a Proteste lançou a Cartilha de Alimentos, disponível no site da associação.
Ainda de acordo com o teste, realizado entre abril e maio deste ano, 57% dos alimentos estão insatisfatórios, ou seja, apresentaram falha na higiene em alguma etapa da produção. Do total de amostras analisadas, apenas 32% estavam próprias para o consumo.
A investigação avaliou alimentos coletados nas cidades de Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP), Vitória (ES) e Guarujá (SP).
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá instituir um selo de qualidade para a classificação dos estabelecimentos que comercializarão alimentos durante a Copa do Mundo de 2014. Na Europa, a Dinamarca conta com um modelo similar. Mas a proposta é que o selo e a fiscalização não sejam estipulados somente durante a Copa. O selo de qualidade pretende ser um instrumento a mais para o consumidor fazer a seleção adequada dos estabelecimentos.
A Vigilância Sanitária fará a fiscalização e pontuará o estabelecimento conforme critérios de risco. A informação será divulgada tanto na Internet quanto no estabelecimento. “Precisa ficar claro que estes restaurantes categorizados são estabelecimentos que já estão aptos a funcionarem. Portanto, eles já dispõem, hoje, de um alvará sanitário. A diferença é que a Agência divulgará a performance de cada estabelecimento. A ideia é que isso seja também uma forma de estímulo para que estes comércios qualifiquem seus funcionários, melhorem suas instalações e condições de limpeza”, explica Ângela de Castro, que atua na gerência de inspeção e controle de riscos alimentares da Anvisa.