"É raro conseguir testar uma nova tecnologia em laboratório e levá-la para testes clínicos em humanos tão rapidamente", disse Glenn Dranoff, professor de Medicina da Escola Médica de Harvard e integrante da equipe de pesquisas do Instituto Wyss de Engenharia Biologicamente inspirada da Universidade de Harvard.
O teste de fase 1 visa a testar a segurança do implante em um número pequeno de pacientes humanos. Depois disso, o dispositivo pode seguir para testes de fase 2 para verificar sua eficácia e testes de fase 3 mais amplos antes de chegar ao mercado. Os implantes são feitos de um polímero de material biodegradável, altamente permeáveis e que contêm antígenos específicos ao tipo de tumor que é tratado.
O dispositivo libera uma proteína que atrai as células imunológicas e as envia preparadas para detectar e matar as células tumorais. Os cientistas dizem que ele funciona diferente de vacinas convencionais anticâncer, que consistem em remover as células imunológicas do paciente, reprogramá-las para atrair a malignidade e reinjetá-las porque elas funcionam dentro do corpo.
Um medicamento já comercializado usando o sistema imunológico contra o melanoma, denominado Yervoy, é fabricado pelo laboratório Bristol Myers Squibb e foi aprovado por reguladores americanos em 2011. Os gigantes farmacêuticos Merck e Roche também têm medicamentos que usam o sistema imunológico para combater o câncer em testes clínicos.
A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline sofreu um golpe esta semana, quando seu teste de fase 3 de um candidato a vacina MAGE-A3 não estendeu a sobrevida de pacientes com melanoma que receberam a vacina depois que seus tumores foram removidos cirurgicamente.