Apesar do crescimento registrado na pesquisa, Padilha disse não haver intenção do governo de mudar a estratégia para prevenção e combate ao excesso de peso da população, um problema que está relacionado ao aparecimento de doenças como diabetes, hipertensão e câncer. A ideia, completou, é reforçar as medidas que já vêm sendo adotadas: a construção de unidades do Academia de Saúde, centros com infraestrutura e profissionais para orientar a população a práticas de atividade física, e o Saúde na Escola, com informações sobre obesidade para estudantes.
Batizada de Vigitel, a pesquisa é feita por meio de entrevistas telefônicas, com maiores de 18 anos. O trabalho mostra outro dado preocupante: o alto porcentual de pessoas que consomem em excesso bebida alcoólica. O abuso é maior entre as pessoas com maior escolaridade: 22% dos que têm mais de 12 anos de estudo disseram ter consumido de forma excessiva bebidas no mês anterior à entrevista. Entre aqueles com 9 a 11 anos, a média foi de 19,4% e entre os com menos de oito anos, 15%. "A população mais vulnerável é a masculina: da parcela com maior escolaridade, 31,9% disseram beber de forma excessiva", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
“Essa tendência de crescimento ou mostra que todos nós assumimos o tema do excesso de peso como grave para a saúde publica, ou chegaremos muito rapidamente aos mesmos patamares de países como o Chile e os Estado Unidos”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Peso x estudo
Os dados mostram que, além dos fatores genéticos, o excesso de peso está ligado à escolaridade. É entre as pessoas com menos anos de estudo que está a maior parcela dos que tem excesso de peso. Um total de 57,3% dos que tem até oito anos de estudo está com excesso de peso. Entre os que tem entre nove e 11 anos de estudo, o percentual é 46,7% e entre aqueles com 12 ou mais anos de estudo é 48,4%. “Essa é uma tendência mundial e que tem sido alvo de preocupação”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
A pesquisa mostra que a capital com maior percentual de adultos com excesso de peso é Campo Grande (56%), seguida de Porto Alegre e Rio Branco com 54%, Recife e Fortaleza com 53%. A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel 2012 - entrevistou 45 mil pessoas acima de 18 anos das 26 capitais e do Distrito Federal.
O estudo fornece informações sobre os hábitos da população em relação à alimentação, prática de atividade física, tabagimo, consumo de álcool e existência de doenças como diabetes e hipertensão. As informações são usadas pelo governo para elaborar programas de prevenção de doenças e ações para melhorar a qualidade de vida da população.
Com informações da Agência Brasil e da Agência Estado