Para conduzir o estudo, a equipe criou um aplicativo que documentava a localização de cada pessoa e enviava periodicamente a pergunta: "O quão feliz você está?" Depois de baixar o aplicativo em seus smartphones, os voluntários classificaram a sua felicidade em uma escala de 0 a 5, ao longo de um período de três semanas.
A partir dos dados coletados, os pesquisadores criaram e aperfeiçoaram métodos que poderiam levar a uma melhor compreensão de como os ambientes em que estamos influenciam nosso bem-estar emocional, disseram.
Além disso, os pesquisadores afirmaram que esse monitoramento de humores e pensamentos através de smartphones supera pesquisas, que muitas vezes são realizadas nas casas das pessoas. E elas mesmas dizem que isso só oferece um aspecto do senso de bem-estar de alguém.
"As pessoas passam uma quantidade significativa de tempo fora de suas casas", disse John Palmer, um estudante de pós-graduação na Escola Woodrow Wilson de Assuntos Públicos e Internacionais e autor-líder da pesquisa. "Se nós quisermos obter resultados mais precisos de medições de contextos precisamos usar técnicas como esta."
O estudo não se concentrou em como o ambiente afeta a felicidade, mas sim em aprender as capacidades do celular em coletar esses dados. No entanto, a equipe encontrou alguns resultados preliminares sobre a felicidade. Por exemplo, indivíduos do sexo masculino tenderam a se descrever como menos felizes quando estavam longe de suas casas, enquanto que as mulheres não demonstraram uma tendência em particular no que diz respeito às emoções e a distância de casa.
Um estudo feito à parte no início deste ano, uma análise de 37 milhões de tuítes, mostrou que as pessoas são mais felizes quando estão longe de casa. Pesquisadores da Universidade de Vermont descobriram que os tuítes continham uma linguagem mais positiva conforme os usuários iam para longe de suas casas. Usando dados de localização para rastrear de onde o usuário estava tuitando, o estudo analisou os tuítes de cerca de 180 mil usuários.
O estudo foi publicado no periódico Demography.