Em todo o mundo, 70% das pessoas diagnosticadas com diabetes e obesidade têm DHGNA, a principal causa de esteatose hepática não relacionada ao consumo excessivo de álcool. Atualmente, não existem tratamentos eficazes para a DHGNA, exceto dieta e exercícios físicos. Usando células e ratos de laboratório, o pesquisador principal Paulo Franco e sua equipe descobriram que a cafeína estimula a metabolização de lipídios armazenados nas células do fígado e diminuiu o chamado "fígado gordo" de ratos que foram alimentados com uma dieta rica em gordura.
De acordo com os resultados, o consumo de cafeína equivalente a quatro xícaras de café ou de chá por dia pode ser benéfico na prevenção e proteção contra a progressão da DHGNA em seres humanos. A pesquisa será publicada na edição de setembro do periódico Hepatology. Segundo a equipe, este é o primeiro estudo detalhado do mecanismo de ação da cafeína sobre os lipídios no fígado e os resultados são muito interessantes, porque café e chá são muito consumidos e, ao mesmo tempo, têm má reputação.
Pesquisas anteriores já associaram a cafeína com a diminuição do risco de doença hepática e redução de fibrose em pacientes com doença hepática crônica. Em 2012, um estudo à parte publicado no mesmo periódico descobriu que beber café reduz o risco de fibrose avançada nas pessoas com DHGNA.