Os resultados foram publicados online, no periódico Current Biology. Depois do acampamento, os notívagos apresentaram as maiores mudanças no tempo de seus relógios biológicos, disse o pesquisador Kenneth P. Wright, Jr., professor associado de fisiologia.
No estudo, os pesquisadores levaram um grupo de oito adultos com em média 30 anos às Montanhas Rochosas do Colorado por uma semana, todos usavam um dispositivo em formato de pulseira que media a exposição à luz.
Os campistas podiam usar apenas fontes naturais de luz, como a luz solar e uma fogueira, e se abster de computadores, lanternas e telefones celulares.
Antes da viagem para acampar, os participantes também passaram uma semana vivendo suas vidas normais enquanto usavam o dispositivo no pulso. Além disso, tanto antes da viagem, como depois que ela terminou, os pesquisadores mediram os níveis do hormônio melatonina, que regula o sono e a vigília.
Ao acampar, os indivíduos foram expostos a quatro vezes mais luz natural, em média, do que aqueles que viveram suas vidas normais nas cidades.
"Após a exposição ao ciclo de luz negra natural, os níveis de melatonina eram baixos antes dos voluntários acordarem, sugerindo que o nosso cérebro está começando a promover a vigília depois de ter sido exposto a esses sinais naturais", Wright disse à BBC.
Conselhos úteis
Ainda assim, se você preferir pular essa coisa de barracas e repelentes de insetos, o estudo realmente oferece alguns conselhos úteis para sua vida cotidiana. "Podemos alcançar horários de dormir mais cedo ao ter pessoas que ficam mais ao ar livre, especialmente na parte da manhã", disse Wright ao NPR. "Você pode começar o dia com uma caminhada matinal. Levante as cortinas da casa. Ou se você lê o jornal, faça-o do lado de fora."
"Por outro lado", ele acrescentou, "reduza a exposição à luz durante a noite, escurecendo as luzes ou computadores. Isso é especialmente importante no período de uma hora antes antes de ir dormir."