E no caso específico do Brasil – que tem um nível altíssimo de cesarianas praticadas: 52% -, esse nascimento trouxe ainda outra discussão positiva. Kate Middleton teve o filho de parto normal e a provocação de que “cesariana é coisa de plebeu” alimentou o debate sobre a real necessidade do procedimento cirúrgico. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda aos países o índice de 15%. Por aqui, 82% das mulheres da rede privada têm seus filhos pelo método. Na rede pública, o índice é menor (37%), mas mesmo assim muito acima do recomendado pela OMS.
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O tipo de parto, segundo o especialista, não tem influência no tamanho do útero após o nascimento dos bebês. “A involução natural do útero pode levar até quatro meses”, explica. Até lá, a mulher precisa conviver com a barriga e amamentar, pois é a sucção do bebê que vai fazer com que o útero regrida e volte ao tamanho normal. “Quando o neném mama, o estímulo da sucção produz o hormônio ocitocina que ajuda na contração do útero no pós-parto”, detalha. Mas atenção: um volume grande de sangramento pode indicar que o útero não está regredindo adequadamente e a mulher deve procurar seu médico.
O ganho de peso durante a gravidez não tem relação com o tempo que o útero vai levar para regredir totalmente. “Essa regressão está associada a quantos filhos a mulher já teve, se foi gravidez de gêmeos e se teve excesso de líquido”, diz. Nesses casos, o processo é mais lento. “Toda distensão exagerada do útero vai gerar uma demora na involução”, completa.
Uso da cinta
Além de esconder a barriga pós-parto, a cinta – que pode ser usada por mulheres que tiveram seus filhos tanto de cesariana quanto de parto normal – pode ajudar as mães a se sentirem mais confortáveis durante a amamentação. Maurílio Trigueiro explica que o acessório ajuda na sustentação da coluna, alivia a dor nas costas e dá conforto para o ato de sentar e levantar da cama.
É importante ressaltar que no caso das cesarianas, antes do uso da cinta, é necessário proteger a ferida com um curativo. Outra observação importante é escolher o tamanho certo: a cinta não pode ficar muito apertada ao ponto de gerar uma dificuldade para respirar.
Quando começar a se exercitar
Sair da maternidade com a barriga chapada não é natural. A recuperação do peso também é lenta e a mulher não deve se sentir cobrada a retornar à forma física rapidamente. “O processo é gradual, depende de cada mulher e pode levar de 6 meses a um ano”, observa Trigueiro.
As atividades físicas podem ser iniciadas após o período de resguardo, entre 30 e 40 dias. É importante começar com exercícios leves como caminhada, hidroginástica, esteira, pilates e yôga.
Para o ginecologista, como a gravidez muitas vezes é motivo para abusar de carboidratos, doces e frituras, o ideal é adotar uma alimentação saudável que também vai ajudar na recuperação do peso.
Amamentação é a receita mágica
Já que a amamentação é a “receita mágica” para a involução do útero, a mulher deve ter um cuidado especial com as mamas. Nesse caso, a pega adequada do bebê – que tem que envolver o mamilo e a aréola – é que vai evitar rachaduras, fissuras e sangramentos. Se acontecer, o uso de cremes – indicados por um médico - pode melhorar esses incômodos.
Outra informação útil é que quanto mais a mulher amamenta, mais ela produz leite. “Não existe mulher que não consegue amamentar”, afirma Maurílio Trigueiro. Também não existe leite fraco ou leite forte.
E atenção: o período da amamentação não é ideal para começar dieta pois a mulher precisa estar saudável para viver essa fase que é importante para o bebê, para a mãe e para a relação entre os dois.