Os resultados mostraram que as mulheres grávidas que nunca ou raramente comem peixe escuro ou oleosos (salmão e atum, por exemplo) eram 53% mais propensas a ter altos níveis de ansiedade em seu terceiro trimestre de gestação, se comparadas àquelas que comiam peixe pelo menos uma vez por semana.
As mulheres vegetarianas também tinham 25% mais chances de ter ansiedade em comparação com as que haviam consumido algum peixe e carne. Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas recrutaram 9.500 mulheres para o estudo, agrupando-as com base em seus hábitos alimentares. Durante as 32 semanas de gravidez, as mulheres preencheram questionários sobre os seus níveis de ansiedade.
"Para se ter uma gravidez saudável, as mulheres precisam seguir uma dieta saudável e não algo especial para a gravidez", disse a autora do estudo, Juliana Vaz, segundo o LiveScience. Ela recomenda uma dieta rica em grãos integrais, legumes, carnes, aves e peixes.
O motivo de o peixe ter um efeito sobre a ansiedade ainda não é claro, mas os pesquisadores sugerem que poderia ser por conta dos ácidos graxos ômega-3. O estudo foi publicado online na semana passada no periódico PLoS ONE.
No entanto, alguns especialistas alertam que comer peixe durante a gravidez pode aumentar a exposição do bebê ao mercúrio. Ignorando os peixes maiores, como o tubarão e o peixe-espada, que podem conter níveis elevados de mercúrio, em favor de anchovas, salmão, arenque e sardinha, aconselha Roger W. Harms, especialista em gravidez na Mayo Clinic, nos EUA.