O clima mais frio do inverno e a redução da incidência de raios solares do tipo UVB, responsáveis por queimaduras e vermelhidão na pele, atraem muitas mulheres às clínicas de estética para realizar tratamentos dermatológicos. Um dos procedimentos mais procurados é o peeling, que promete promover o clareamento da pele. O tratamento costuma ser feito em várias sessões e, em geral, provoca descamação da pele até se obter o resultado desejável. Mas uma outra técnica de peeling também garante um resultado positivo, que não agride tanto a pele.
O peeling fotoativado por laser frio é um blend, ou seja, uma mistura, com pequenas concentrações de ácidos clareadores que são ativados pela luz do laser frio. Ele degrada a molécula de melanina (pigmento que dá cor à pele e, em excesso, produz a mancha). “Esse tipo de laser tem seletividade pela melanina e os blends atraem o laser frio para essa substância. Com isso, ocorre uma degradação do pigmento, limpando e clareando a pele”, explica a médica Adriana Lemos, membro da Academia Brasileira de Dermatologia.
O diferencial desse peeling em comparação aos outros é que durante o tratamento não há descamação da pele. “O tratamento é otimizado com laser frio, o que por si só ajuda a promover a degradação da melanina e ajuda a clarear, além de manter esse clareamento por mais tempo”, diz. O tratamento é feito em diversas sessões, variando entre 8 a 12, dependendo do tipo de pele, de mancha e do cuidado domiciliar. Adriana alerta que em casa o paciente deve ter tomar alguns cuidados, como usar cremes clareadores indicados pelo profissional, além de filtro solar.
Esse peeling é mais indicado para pessoas com melasmas, ou seja, manchas com pigmentos profundos que atingem a derme, a segunda camada da pele. Uma vez que o melasma surge, deve-se fazer o combate dele com o uso de protetores solares. E o peeling ameniza a situação, promovendo o clareamento da mancha. “O melasma pode surgir em homens em menor incidência, sendo mais comum em mulheres. Inclusive, os homens têm escolhido mais esse tipo de procedimento, porque, como não descama, fica menos evidente que a pessoa está fazendo o tratamento”, conta Adriana.
PREPARAÇÃO Por ser novo, a médica afirma que o indica a pessoas que já tenham feito peeling descamativo alguma vez ou que tenham a pele mais preparada para receber o laser. “Cada caso é um caso, já que o peeling fotoativado não é indicado a todas as pessoas, pois alguns tipos de pele precisam de preparo. Se é uma pele mais espessa, o ideal é fazer umas duas descamações, para que o ácido penetre mais. Já com a pele que está mais tratada não precisa. Por isso é que o dermatologista deve ser consultado”, pontua. E ela completa: “Prefiro também reservar a indicação aos pacientes que já estão em manutenção do controle do melasma, não querem mais fazer descamação e já têm uma pele mais fina”.
Adriana diz que qualquer cor de pele pode receber o peeling fotoativado por laser frio. Por ser um processo que utiliza ácidos, é importante que a pessoa procure sempre a indicação de um médico. É importante também manter o tratamento em casa. “É bom se conscientizar de que independentemente de ter ou não o melasma, a proteção deve ser diária, pois a manutenção do tratamento é o segredo. O procedimento deve ser feito com acompanhamento médico, pois temos visto pacientes que fazem peeling com pessoas não qualificadas, o que acaba provocando escurecimento ainda maior da pele, entre outras complicações”, alerta.