

Um total de 6.631 mulheres morreram devido ao consumo de remédios como Vicodin e Oxycontin em 2010, quatro vezes mais que as falecidas por consumo de heroína e cocaína juntas, segundo o relatório de Sinais Vitais do CDC. Em 1999, 1.287 mulheres faleceram pelo uso de analgésicos controlados. A overdose destes medicamentos matou quase 48.000 mulheres entre 1999 e 2010.
"Estes são números alarmantes", disse o diretor do CDC, Tom Frieden, à imprensa, ressaltando que as mortes estão "disparando... a taxas que nunca vimos antes". Embora mais homens morram todos os anos por overdose destes analgésicos que mulheres, a taxa de crescimento é muito maior entre elas (aumento de 400%) do que entre eles (crescimento de 265% entre 1999 e 2010).
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O CDC informou que as mortes e hospitalizações cresceram em proporção direta ao aumento da oferta destes remédios. Em 2011, o CDC informou que os analgésicos a base de ópio, incluindo oxicodona, metadona e hidrocodona, viram suas vendas quadruplicarem em farmácias, hospitais e consultórios médicos desde 1999.
Frieden afirma que o uso de analgésicos de venda controlada poderosos deve ser reservado para casos especiais, como em dores severas provocadas pelo câncer. "Em muitas outras situações os riscos superam os benefícios", explica.