A técnica que ajudou na cura de Leila é o método Meir Schneider – self-healing. Na prática, são exercícios e massagens nos olhos e no corpo, com o objetivo de melhorar a capacidade visual e relaxamento. Segundo a terapeuta self-healing Alja Reis Lamas, quem criou o método foi Meir Schneider, terapeuta que foi diagnosticado com problemas de visão logo depois do nascimento. Como consequência de diversas cirurgias que precisou fazer, aos 5 anos ficou cego. Aos 16, conheceu os exercícios visuais e, com o decorrer do tempo, chegou a recuperar parte da visão. “Pouco tempo depois, ele adquiriu uma visão funcional. Como deu certo com os olhos, também criou exercícios para o corpo, que fortalecem os músculos e melhoram a respiração”, diz Alja Lamas.
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Segundo Alja Lamas, por conter exercícios físicos também, o self-healing ajuda ainda em problemas de movimento, posturais, em doenças como a distrofia muscular e pode ser positivo até mesmo para relaxamento. “Em geral, são exercícios para tratar problemas visuais, mas se a pessoa chega para tratar um problema desse tipo e percebo que ela também tem uma tensão na região no ombro, trabalho para relaxar essa região. Aí o sangue vai mais para a cabeça e, consequentemente, oxigenando os olhos”, afirma Alja. “A gente consegue dar uma qualidade de vida muito melhor ao paciente”, completa.
De acordo com ela, a terapia pode funcionar como um método preventivo visando manter a qualidade da visão que a pessoa possivelmente já tenha. “É indicada para qualquer pessoa, pois, além de ser terapêutica, é preventiva. Se a pessoa tem bom olho, aos 45 anos em geral já começa a ter problemas com a visão de perto. Por isso, é importante prevenir para que chegue aos 70, 80 anos com o olho mais forte”, destaca.
RESULTADOS
A aposentada Leila Aguiar Azevedo garante que a técnica surte efeitos. Hoje, aos 80 anos, ela conta que os exercícios foram tão bons que ela consegue ler sem o uso de óculos. “Quando passei pela cirurgia feita de forma incorreta, não via o letreiro do ônibus e pedia às pessoas para me avisar quando o meu estava chegando. Depois de iniciar os exercícios, comecei a sentir uma melhora rápida”, diz. Até hoje ela faz as atividades diariamente em casa e já até passou para a filha, que faz o tratamento com o auxílio de um profissional da área. “Lembro que, um tempo depois de ter começado os exercícios, outro médico me examinou e disse que minha recuperação era um milagre”, afirma.
Já o servidor público Rafael Azzi, de 34 anos, começou a desenvolver os exercícios do self-healing em julho do ano passado, depois de passar por uma longa temporada de estudos para um concurso público. Na época, ele precisou ler bastante, o que forçou os olhos e provocou um aumento no grau de miopia. Ele se exercita durante o dia e de forma fracionada. “Senti melhora depois que comecei a fazer os exercícios. Meu grau não aumentou mais e sinto que gradualmente minha visão está melhorando. Estou menos dependente de óculos e aprendi a não usá-los 24 horas por dia”, conta.
Na praça
Ocasionalmente, Alja faz o self-healing em praças de Belo Horizonte, onde realiza exercícios gratuitamente para quem quiser participar. A última atividade foi em 14 de junho na Praça da Assembleia e a próxima deve ocorrer em julho, em data a ser definida pela terapeuta.