Com o tempo ameno e as temperaturas mais baixas, as pessoas frequentam menos os clubes e saem mais cobertas de casa, com calças e blusas de frio, aumentando a proteção do corpo. “Por isso, esta época é mais propícia para realizar a depilação a laser em áreas mais expostas, como perna, braços e, no caso dos homens, as costas”, afirma Carolina.
Isso porque evitar o sol é fundamental para garantir que o processo de eliminação dos pelos seja bem-sucedido. “O laser que incide sobre a pele é captado pela melanina, responsável pela pigmentação da pele e dos pelos”, explica Carolina. “Quando a pele está bronzeada, os índices de melanina estão mais elevados. Com isso, não só o pelo, mas também a pele, vai captar a luz do laser, o que pode aumentar o risco de queimaduras”, acrescenta a fisioterapeuta dermatofuncional.
O ideal era que só o pelo fosse atingido pelo cumprimento de onda do laser, responsável pela eliminação dos folículos por onde eles nascem. Uma vez destruídos, os folículos param de produzir os pelos e garantem o resultado esperado. Como nesta estação do ano as pessoas tomam menos sol, é mais fácil evitar o bronzeado típico do verão. “Trinta a 40 dias sem exposição aos raios ultravioleta é o ideal para realizar as sessões, que podem chegar a 10, de acordo com a área e a tonalidade da pele”, explica Carolina. O esforço para respeitar esse prazo – que só aumenta à medida que chegam novembro e dezembro – é bem menor nos próximos três meses, prazo em que o tratamento, ou, pelo menos, boa parte dele, já poderá ter sido concluído.
O mesmo vale para os tratamentos faciais. A fisioterapeuta dermatofuncional e proprietária do Espaço Equilíbrio, Tatiana Campos Rocha, garante que o fim do outono e o inverno são os melhores períodos para fazer peeling, principalmente do rosto. “Quando a pessoa faz o procedimento, a pele fica bastante exposta e é aconselhável que não se exponha diretamente ao sol nos próximos três a quatro meses. Se ela começa a fazer no período certo, estará pronta para a chegada do verão”, garante a especialista. Além de minimizar rugas e manchas superficiais, o peeling ajuda a clarear e renovar a pele, além de garantir um caráter mais hidratado. A corrida por um aspecto mais saudável e pele mais homogênea eleva em 35% a 40% o movimento da clínica.
O dermatologista da Clínica da Pele, Rodrigo Maia, acrescenta que o período que começa agora é um dos mais adequados para tratamento de manchas. “Com a temperatura mais baixa, os edemas e inchaços que se formam depois do tratamento acabam sendo menores e tendem a ser mais confortáveis e fáceis de lidar”, explica.
Para quem busca retirar manchas no colo, esta época também ajuda. “Como as pessoas usam roupas mais fechadas, a exposição do corpo é menor e é possível disfarçar mais qualquer sinal proveniente do tratamento”, explica. Tanto é verdade que, para este procedimento, o movimento na clínica aumenta de 50% a 60% neste período.
Vale lembrar que não é porque as temperaturas estão mais amenas que o protetor solar deve ser deixado de lado. Muito pelo contrário. Como o tempo está mais seco e o céu limpo, o sol tende a dominar os dias ao longo do inverno. Por isso, a proteção deve continuar como prioridade. “Caso contrário, podem surgir manchas”, alerta Tatiana.