O novo coronavírus MERS, que surgiu em 2012 na Arábia Saudita, representa um risco importante no meio hospitalar, já que se propaga rapidamente e causa elevada mortalidade, segundo um estudo feito em hospitais sauditas e publicado nos Estados Unidos.
Dos 23 casos estudados em abril em quatro hospitais, 15 pacientes faleceram, o que representa uma mortalidade de 65%, informou o estudo chefiado por Trish Perl, epidemiologista da Escola de Medicina Johns Hopkins (Maryland, leste dos EUA) e publicado esta quarta-feira na revista New England Journal of Medicine.
As últimas cifras anunciadas esta semana pelas autoridades destacaram 49 casos de infecção, inclusive 32 mortos.
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Dos 23 casos estudados, 21 foram por transmissão direta pessoa a pessoa. "Este tipo de transmissão poderia estar relacionada com uma alta morbidade", acrescentaram e consideraram essencial que haja um sistema de acompanhamento e medidas de controle de infecções.
Os sintomas do MERS são similares aos da Sars: as pessoas infectadas começam a ter febre e uma tosse leve que pode persistir durante vários dias antes de virar pneumonia.
Assim como na Sars, alguns pacientes também apresentam sintomas gastrointestinais. E também, assim como a Sars, a incubação média do MERS é de quatro dias, com 95% das pessoas infectadas que desenvolvem sintomas em dez dias, disseram os pesquisadores.
Além da Arábia Saudita, onde se concentra a maioria das infecções, foram registrados casos isolados deste coronavírus no Reino Unido, Itália, Tunísia e França, onde uma pessoa morreu.