O vírus do papiloma humano é o mais comum de transmissão sexual no país e está vinculado com o câncer de útero nas mulheres, além de câncer de cabeça e pescoço especialmente nos homens, afirmaram funcionários sanitários.
Desde que a vacinação contra o HPV foi introduzida em 2006, contraíram a doença 56% menos jovens entre 14 e 19 anos, segundo a pesquisa anunciada pelos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) e publicado no The Journal of Infectious Diseases (periódico sobre doenças infecciosas).
O diretor dos CDC, Tom Frieden, descreveu os resultados como um "chamado de advertência" de que a vacina funciona e deve ser mais utilizada. Atualmente, um terço das meninas entre 13 e 17 anos está completamente vacinada.
"É possível que proteja uma geração do câncer e nós temos que fazê-lo", disse Frieden aos jornalistas.
O estudo usou dados de uma pesquisa nacional para comparar as taxas de infecção por HPV antes da vacina contra este vírus, amplamente disponível de 2003 a 2006 e de 2007 a 2010.
"A diminuição da prevalência do tipo de vacina é maior do que o esperado", afirmou a autora principal do estudo, Lauri Markowitz.
As possíveis razões para a queda incluem "imunidade em massa, alta eficácia com menos de uma série completa de três doses e/ou mudanças no comportamento sexual que não podíamos medir", acrescentou.
Funcionários americanos da saúde incentivam a vacinação de rotina para meninos e meninas de 11 e 12 anos, antes do início da atividade sexual. Recomenda-se uma série de três doses durante seis meses.
Segundo os CDC, a cada ano, 14 milhões de pessoas são infectadas com o vírus. Acredita-se que o HPV cause 19.000 tumores ao ano entre as mulheres nos Estados Unidos, sendo a causa mais comum de câncer de colo do útero.
Cerca de oito mil tumores causados pelo HPV aparecem em homens americanos a cada ano, principalmente tumores de garganta.