“Esses resultados são uma boa notícia para as pessoas com 70, 80 anos, que podem se sentir mais incentivadas a se envolver em atividade física intermitente em uma base diária, especialmente se as caminhadas curtas puderem ser combinadas com passear com o cachorro, por exemplo. As contrações musculares relacionadas com caminhadas curtas foram imediatamente eficazes no controle do alto índice de açúcar no sangue após a refeição comumente observado em pessoas mais velhas”, avaliou, no texto publicado, a autora do estudo, Loretta DiPietro.
Para chegar à conclusão, foram analisadas 10 pessoas com no mínimo 60 anos; saudáveis, apesar de sedentárias; e com risco de desenvolver o diabetes tipo 2 devido a taxas de açúcar um pouco mais elevadas. Os pesquisadores concluíram que a caminhada mais eficaz foi a realizada depois da refeição da noite, capaz de controlar significativamente o aumento de açúcar no sangue durante as horas de sono.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido que a prática de atividades físicas pode evitar o diabetes tipo 2. Mas, segundo DiPietro, o estudo comandado por ela é o primeiro a considerar, nessa condição, o efeito de curtos períodos de execução de exercícios físicos logo após as refeições. Ela acredita que os resultados podem sanar um grande problema de saúde pública, já que o diabetes é uma das doenças crônicas com maior incidência.
A Organização Mundial da Saúde estima que pelo menos 346 milhões de pessoas em todo o mundo sofram do mal. O tipo 2 é provocado pela não produção ou pela produção ineficiente da insulina, hormônio secretado pelo pâncreas para controlar a quantidade de açúcar no sangue. Entre as complicações do diabetes estão doenças cardíacas, insuficiência renal, cegueira e comprometimento de vascularização periférica.