Ali, ela se encontrou. De cabeça para baixo, pendurada por um tecido, a psicóloga Etiene Azevedo, de 34 anos, diz ter aprendido a se arriscar mais. E isso, segundo ela, não se limita aos exercícios físicos. Ela passou a correr mais “riscos” também na própria vida. Ali, ela mais parece de borracha e tem horas que se assemelha a um morcego. “Você trabalha aqui coisas que vai trabalhar na sua vida, como concentração e foco. Pessoas mais determinadas e sem medo se darão melhor. Passei a me arriscar mais”, afirma Etiene. Essa prática que mudou a vida da psicóloga é relativamente recente em Belo Horizonte. Chama-se fly ioga, e é um método que mistura a espiritualidade do ioga com a elasticidade e a diversão circense.
Foi assim que, há 11 meses, Lúcia resolveu trazer para capital mineira o fly ioga, que, segundo ela, pode ajudar os praticantes a perder 340 calorias por aula. São no máximo seis alunos, porque, segundo ela, são práticas que exigem mais deslocamentos do corpo e, por isso, as turmas devem ser reduzidas. “É algo que também remete à infância, há quem dê gargalhadas enquanto faz.”
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“Não é um ioga em que exigimos o repleto silêncio. As pessoas ficam tão alegres que brincam”, conta Lúcia. Os resultados, segundo ela, são o trabalho intenso das pernas, fortalecimento muscular e aumento da capacidade respiratória, além do bem-estar. Etiene, mãe de uma criança de 2 anos, diz que o ioga passou a ser a sua única atividade física. “Estou me sentindo bem, com músculos mais rígidos.” A consultora financeira Patrícia Fogolin Calori, de 40, também se sente melhor. “Mexe com todo o corpo. O alongamento é mais intenso e a sensação é de renovação de energias. A gente sai daqui mais leve.” Para Patrícia, as aulas foram boas para deixá-la mais concentrada na vida.
SÃO PAULO
Há dois anos, a prática já é sucesso em São Paulo. Lá, chamado de flying yoga, o método é aplicado na Companhia Athletica e, segundo a professora Juliana Azzi, a intenção é expandir para toda a rede, inclusive para a unidade em Belo Horizonte. “É uma aula muito descontraída. Há uma procura alta”, comenta, dizendo que os exercícios podem ser feitos de forma intensa. “Os alunos sempre estão em busca de algo diferente, que lhes dê prazer. Nesta aula, a gente trabalha de forma lúdica, como a postura do morcego, na qual o praticante fica de cabeça para baixo, dependurado pelo tecido”, explica. Segundo ela, a grande vantagem é o equilíbrio e a concentração que a atividade permite.