Mais de 50 mil mulheres passaram pela mastectomia radical. A cirurgia é semelhante a realizada pela atriz americana Angelina Jolie, que anunciou a retirada completa das mamas nessa terça-feira, 14. No entanto, ao contrário do procedimento preventivo da atriz, no Brasil as cirurgias de remoção parcial ou completa dos seios só são realizadas pelo SUS em casos já confirmados de câncer.
Direito à plástica
Os dados revelam ainda que apenas 10% dos procedimentos cirúrgicos pela rede pública de saúde foram acompanhadas de plásticas reconstrutoras. Após a remoção das mamas para o tratamento de câncer, as brasileiras esperam, em média, de dois a cinco anos por uma cirurgia reconstrutora. Há duas semanas, a presidente sancionou uma lei que busca alterar essa realidade. A medida, que já está em vigor, obriga o SUS a fazer a plástica reconstrutora no mesmo dia da mastectomia. Nos casos em que não houver condições para a reconstrução imediata, a plástica deve ser feita logo após a permissão médica.
Em 2010, o câncer de mama matou 12.853 pessoas no Brasil. Entre 2005 e 2010, o índice de mortalidade da doença avançou 25%.