Os roedores foram mantidos em uma jaula com cinco níveis, conectada por tubos de vidro e cheias de brinquedos, flores de madeira, locais para ninhos etc. O espaço tinha cerca de cinco metros quadrados. “Esse ambiente era tão rico que cada camundongo reuniu suas próprias experiências nele”, explicou Gerd Kempermann, do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas, que coordenou o trabalho. Ao dotar os camundongos de um microchip que emitia sinais eletromagnéticos, os cientistas conseguiram rastrear quando os bichos se movimentavam e quantificar seu comportamento exploratório.
Após três meses, eles desenvolveram personalidades distintas. Os cérebros dos roedores mais exploradores, em comparação com os mais passivos, formaram mais novos neurônios no hipocampo, o centro de aprendizado e memória, em um processo conhecido como neurogênese. Ratos de um grupo de controle, mantidos em ambiente menos desafiador, demonstraram menor crescimento cerebral.