Com a chegada do inverno, os dias tendem a ficar do jeito que Anselmo gosta: ensolarados. A baixa umidade relativa do ar deve atravessar os próximos quatro meses e os dias prometem ficar mais bonitos com céu claro, sol a pino e temperaturas amenas. Prato cheio para o bom humor. Na dose certa, a luz solar é uma das grandes aliadas da saúde não apenas da mente, como também do corpo. Pesquisas já revelaram o papel fundamental que o astro tem na produção de vitamina D, responsável pelo bom funcionamento do organismo. Sua principal atuação está relacionada ao metabolismo do cálcio, item essencial na prevenção de doenças como osteoporose e raquitismo. Mais do que benefícios biológicos, o sol pode garantir sensações de bem-estar e prazer.
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“Além de alterações no padrão do sono, a falta de sol pode causar desconforto, apatia e desânimo. No caso dos idosos, pode trazer, além de prejuízos físicos para os ossos, quadros de isolamento social e de perda de vontade para iniciar novas atividades”, observa a especialista.
Pesquisa publicada na revista científica The Lancet – especializada em oncologia, neurologia e doenças infecciosas – revelou que as mudanças de luminosidade ao longo do ano alteram os níveis de algumas substâncias produzidas pelo cérebro, entre elas a serotonina.
A serotonina tem papel fundamental nos transtornos emocionais e de temperamento, em especial a síndrome do outono e inverno. Segundo o pesquisador responsável pelo estudo, a luz ativa os neurônios para liberação de maior quantidade desse neurotransmissor. A verdade é que a falta de luminosidade induz estados emocionais mais inibidos. “A vida ao ar livre, com presença de luz e ar puro, sempre está relacionada a um ambiente mais saudável”, observa Velasquez.
PARCIMÔNIA
O dermatologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Gabriel Gontijo, é categórico: “Com sol a gente vive melhor”. Mas tudo depende da dose. “Até as 10h da manhã e comprotetor solar fator 30 e boné”, aconselha o também professor de dermatologia da Faculdade de Medicina da UFMG.
A polêmica que sempre rondou o uso de protetor solar e a produção de vitamina D deve ser esquecida. “Sabemos que, para produzir essa vitamina, em um país tropical como o nosso, basta a exposição de cinco a 10 minutos todos os dias numa área muito pequena, correspondente às mãos e ao rosto”, observa Gontijo. Como poucas são as pessoas que passam o protetor de forma correta e por todo o corpo, qualquer exposição, como ir ao supermercado, já é suficiente.
BENEFÍCIOS
- Estimula a produção de vitamina D, fundamental no metabolismo do cálcio e consequentemente na prevenção de doenças como osteoporose e raquitismo
- A vitamina D ainda protege contra infecções, infartos e derrames, diabetes e alguns tipos de câncer
- Ativa a produção de serotonina, hormônio que garante bem-estar