Saúde

Nutricionistas alertam para a escolha certa dos alimentos na refeição fora de casa

O assunto é tema da campanha 2013 do Conselho Federal de Nutricionistas. A expectativa é frear o crescimento de doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e alterações no colesterol e glicose.

Gabriella Pacheco

Para evitar problemas de saúde, quem come fora diariamente deve tomar alguns cuidados escolhendo o que, a quantidade e qualidade do que come.
Comer fora de casa não é uma opção para muita gente, mas comer bem é uma escolha possível a todos. Essa máxima será difundida ao longo do ano de 2013 pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) e seus conselhos regionais com a proposta de conscientizar os brasileiros sobre a importância de se ter uma alimentação saudável mesmo comendo longe do conforto do lar.



Confira algumas dicas para comer com qualidade fora de casa

Atualmente no Brasil, cerca de 70% da população faz suas refeições assim. E é esse número elevado que preocupa o conselho, uma vez que junto da alimentação na rua vem, geralmente, o consumo inadequado de alimentos. “Se a pessoa é bem focada e orientada ela faz escolhas alimentares melhores dentro ou fora de casa”, comenta a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas em Minas Gerais, Heloísa Magalhães de Oliveira. No entanto, é frequentemente observado que quando as refeições são feitas em restaurantes ou lanchonetes, as pessoas se permitem cometer deslizes na dieta, com maior frequência.

Associado aos deslizes também está o aumento de doenças relacionadas à má alimentação, o que reforça, na opinião da presidente, a necessidade de mais cuidado na hora das refeições. “Os dados atuais no Brasil que indicam a alteração de pressão, obesidade, glicose alterada e sedentarismo na população são alarmantes. O consumo de sódio, por exemplo, precisa ser revisto. Hoje o brasileiro usa em média 12 gramas de sódio por dia, sendo que a recomendação é de 5 ou 6 gramas, no máximo diariamente”, alerta.

Para regular o consumo de sódio diário, a nutricionista aconselha não salgar os alimentos e evitar aqueles que já vêm com grande concentração de sódio. “Um grama de sal é o equivalente a uma tampa de caneta. O recomendado é adicionar ao alimento três tampinhas ao longo do dia e tomar cuidado com alimentos congelados, embutidos ou enlatados, que já vem com muito sal. Temperos prontos, queijos e salames também devem ser evitados”, afirma. Além das disfunções renais (que atingem mais de 10 milhões de brasileiros), a hipertensão é uma doença ligada ao consumo de sódio que tem preocupado especialistas e já é identificada em cerca de 22% da população.

Assim como o consumo desenfreado de sódio, os lanches ricos em açúcar também são danosos. “Existe um número grande de pessoas com alterações de glicose – que não envolvem só a diabetes. As pessoas têm comido muitos biscoitos, pães brancos, doces e carboidratos em excesso. O problema é que quando essas disfunções não são cuidadas com uma dieta adequada, acompanhada de exercícios físicos regulares, essas pessoas ficam bem mais próximas da diabetes”.