Ele virou moda em fóruns de mães de primeira viagem. Todas querem saber os benefícios e possíveis riscos do banho no balde, hoje indicado em cursos para gestantes e alguns pediatras. Nessa espécie de miniofurô, o bebê teria reproduzido um ambiente semelhante ao útero: fechado, úmido, apertado, quente e escuro. As vovós geralmente entram em pânico. Acham novidade demais para o tradicional banho do bebê. Mas uma geração de mães está aprovando o formato, que não substitui a banheira.
A proposta do banho no balde é manter a criança em uma situação similar à que experimentou no útero. Com pernas e braços encolhidos, submerso do pescoço para baixo, ele usufrui da água morna por mais tempo, o que tem efeito terapêutico e relaxante. Segundo a pediatra Mônica Vasconcelos, presidente do Comitê de Cuidados Primários da Sociedade Mineira de Pediatria, a ideia do balde é interessante exatamente por preconizar a temperatura do útero.
“O balde é apertado e a criança se sente segura, como no espaço onde passou nove meses. Mas fico preocupada com o risco de acidentes. Afogamentos em banheira não são tão raros, por isso o balde merece ainda mais atenção. Como a indicação é de um uso em ambiente silencioso, às vezes até na penumbra, fico preocupada com um possível relaxamento das mães ou responsáveis pelo banho. Não há contraindicação, só uma preocupação com o uso indiscriminado.”
Segundo a especialista, o banho quente já era recomendado antes mesmo da moda do balde. “A água quente dá uma sensação de tranquilidade. A temperatura mais elevada que o corpo dá mais calma à criança. Isso ocorre porque o banho a meio grau acima da temperatura corporal do bebê promove uma vasodilatação, responsável por essa sensação de calma.” Daí o fato de muitas crianças chegarem a dormir durante o banho relaxante.
Para a pediatra, o uso do balde deve ser apenas após o primeiro mês de vida. As mães não podem, de forma alguma, soltar o bebê e devem seguir os mesmos cuidados com a temperatura, lembrando que o calor no fundo do balde é maior que na superfície. Após o banho, sugere que a criança seja envolta em lençol e cobertores limpos e apertada contra o peito. “É essa sensação de abraço que a criança tinha dentro do útero, seu hábitat. ”
RELAXANTE
A dentista Ana Paula Leão Silva, de 35 anos, descobriu o banho de balde durante um curso para gestantes. Quando Rafael nasceu, ganhou uma peça de presente e depois do primeiro mês começou usá-la. “A enfermeira do curso sugeriu o banho de banheira pela manhã e um banho no ofurô no período da tarde, esse segundo sem qualquer produto. O banho no balde é algo mais tranquilo, relaxante. O Rafael adora.”
O banho de balde de Rafael é rápido, dura cerca de três minutos e só ocorre em dias mais quentes. Para Ana, é apenas para refrescar, pois ainda não o usou como recurso terapêutico para acalmar a criança com cólica. “Minha mãe acha um horror, não gosta de ver o neto dentro do balde. Ela acha estranho, acha que banho só pode ser na banheira. Mas eu e meu marido estamos gostando da experiência. O Rafael também.”
OFURÔ DE BEBÊ
O banho no balde foi desenvolvido em maternidades holandesas em 1997 por obstetras interessados em promover uma transição tranquila do útero para a nova realidade dos recém-nascidos.
O balde original, o tummytub, chegou ao Brasil no ano passado e é vendido por cerca de R$ 100. Seu plástico é atóxico, a base antiderrapante e há um centro de gravidade para maior estabilidade e segurança no banho. Marcas similares e mesmo baldes comuns
também têm sido usados
para o mesmo objetivo.
PASSO A PASSO
A proposta do banho no balde é manter a criança em uma situação similar à que experimentou no útero. Com pernas e braços encolhidos, submerso do pescoço para baixo, ele usufrui da água morna por mais tempo, o que tem efeito terapêutico e relaxante. Segundo a pediatra Mônica Vasconcelos, presidente do Comitê de Cuidados Primários da Sociedade Mineira de Pediatria, a ideia do balde é interessante exatamente por preconizar a temperatura do útero.
“O balde é apertado e a criança se sente segura, como no espaço onde passou nove meses. Mas fico preocupada com o risco de acidentes. Afogamentos em banheira não são tão raros, por isso o balde merece ainda mais atenção. Como a indicação é de um uso em ambiente silencioso, às vezes até na penumbra, fico preocupada com um possível relaxamento das mães ou responsáveis pelo banho. Não há contraindicação, só uma preocupação com o uso indiscriminado.”
Segundo a especialista, o banho quente já era recomendado antes mesmo da moda do balde. “A água quente dá uma sensação de tranquilidade. A temperatura mais elevada que o corpo dá mais calma à criança. Isso ocorre porque o banho a meio grau acima da temperatura corporal do bebê promove uma vasodilatação, responsável por essa sensação de calma.” Daí o fato de muitas crianças chegarem a dormir durante o banho relaxante.
Para a pediatra, o uso do balde deve ser apenas após o primeiro mês de vida. As mães não podem, de forma alguma, soltar o bebê e devem seguir os mesmos cuidados com a temperatura, lembrando que o calor no fundo do balde é maior que na superfície. Após o banho, sugere que a criança seja envolta em lençol e cobertores limpos e apertada contra o peito. “É essa sensação de abraço que a criança tinha dentro do útero, seu hábitat. ”
RELAXANTE
A dentista Ana Paula Leão Silva, de 35 anos, descobriu o banho de balde durante um curso para gestantes. Quando Rafael nasceu, ganhou uma peça de presente e depois do primeiro mês começou usá-la. “A enfermeira do curso sugeriu o banho de banheira pela manhã e um banho no ofurô no período da tarde, esse segundo sem qualquer produto. O banho no balde é algo mais tranquilo, relaxante. O Rafael adora.”
O banho de balde de Rafael é rápido, dura cerca de três minutos e só ocorre em dias mais quentes. Para Ana, é apenas para refrescar, pois ainda não o usou como recurso terapêutico para acalmar a criança com cólica. “Minha mãe acha um horror, não gosta de ver o neto dentro do balde. Ela acha estranho, acha que banho só pode ser na banheira. Mas eu e meu marido estamos gostando da experiência. O Rafael também.”
OFURÔ DE BEBÊ
O banho no balde foi desenvolvido em maternidades holandesas em 1997 por obstetras interessados em promover uma transição tranquila do útero para a nova realidade dos recém-nascidos.
O balde original, o tummytub, chegou ao Brasil no ano passado e é vendido por cerca de R$ 100. Seu plástico é atóxico, a base antiderrapante e há um centro de gravidade para maior estabilidade e segurança no banho. Marcas similares e mesmo baldes comuns
também têm sido usados
para o mesmo objetivo.
PASSO A PASSO
- Antes de colocar o bebê no balde, limpe a criança com lenço umedecido ou algodão, como se fosse trocá-lo.
- Coloque o bebê no balde apoiando-o no braço. Use uma das mãos encaixada entre as pernas e a outra apoiando a cabeça, até encaixar as perninhas da criança no fundo do balde.
- O bebê vai praticamente se sentar no fundo do balde. Deixe a água no máximo até os ombros e nunca o deixe flutuar.
- Mantenha as mãos sustentando a cabeça do bebê. Nunca o deixe sozinho, mesmo que ele já sustente a cabeça.
- O melhor horário para o banho no balde é à noite, para que ele se acostume a tomar banho, mamar e dormir. Isso ajudará criar uma rotina.