A vantagem do teste é a rapidez e a sensibilidade dos resultados. Pelo exame tradicional, o resultado demorava 60 dias para confirmar a doença. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a cada dez testes negativos, três eram falsos negativos. “Isso era um problema, pois o estado de saúde da pessoa se agravava e ela continuava transmitindo a doença. O novo teste praticamente zera a quantidade de falsos negativos”, explicou Barbosa.
O Brasil registrou 70.047 novos casos de tuberculose no ano passado, o que significa uma taxa de incidência de 36,1 a cada 100 mil habitantes. Para ser considerado um país de baixa incidência, é preciso chegar a uma taxa inferior a 30 casos por 100 mil habitantes.
A doença atinge principalmente indígenas, moradores de rua, presidiários e pessoas com HIV em grandes cidades. A maioria das vítimas é homem, com idade entre 25 e 35 anos e até oito anos de estudo.
Uma das grandes dificuldades no tratamento da tuberculose é o fato de que ele é longo. É preciso pelo menos seis meses de medicação para a cura. O principal sintoma é a tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro.
Segundo Barbosa, o Brasil atingiu no ano passado a meta de desenvolvimento do milênio, que era reduzir em 50% a taxa de mortalidade registrada em 1990 até 2015. Em 2010, dado mais recente do Ministério da Saúde, o número de mortes causadas por tuberculose foi de 4.659 no Brasil, ou 2,4 a cada 100 mil habitantes.