De acordo com Luciana, a massagem é indicada para pessoas com estresse, paralisia facial, fibromialgia, bruxismo, rinite e dores em geral. “É indicada também para quem quer rejuvenescimento de pele”, completa. E ela garante: o processo gera resultados benéficos. “Ajuda a criar clareza mental, melhora a concentração, a memória, além de relaxar a musculatura facial.”
A seção de bioterapia facial dura em média uma hora e é dividida em fases. Primeiro são feitos, com as mãos, movimentos descendentes, que começam na cabeça e vão até o colo. O objetivo é relaxar os músculos e liberar a tensão. Em seguida, é realizada uma massagem inversa (de baixo para cima) utilizando óleo vegetal. “Usamos um óleo específico para a personalidade de cada pessoa”, explica.
Depois Luciana massageia os pontos marmas, ou seja, pontos específicos na região da cabeça que concentram energia corporal. “Essa parte serve para liberar a energia. Ela atua, ainda, de maneira reflexiva nos órgãos ligados àquele ponto”, diz. Por fim, é feita uma última massagem com cristais. Os clientes que escolhem também recebem vaporização no rosto e aplicação de um creme dermomineral à base de argila orgânica. Com esses adicionais o processo dura cerca de uma hora e meia. A massagem não tem eficácia comprovada cientificamente, mas relatos de pacientes mostram que dá resultado. “Mas, para que surta efeitos, ela deve ser feita por um profissional qualificado”, salienta Luciana.
INCÔMODOS
Embora o procedimento seja novo, ele já começa a atrair muitas pessoas. É o caso da técnica de nutrição Márcia Bruschi, de 41 anos, que começou fazer a bioterapia facial para tentar aliviar os incômodos causados pelo bruxismo (quando a pessoa tem o hábito de ranger os dentes de forma inconsciente. Muitas vezes, o problema está associado ao estresse). Depois de quatro seções ela conta que já sentiu melhora. “Relaxa, alivia a tensão e melhora os sintomas do bruxismo. Além disso, eu estava muito cansada por conta de trabalho e problemas familiares e isso ajudou a liberar meu estresse”, afirma.
Márcia, que soube da técnica por meio da indicação de uma amiga, diz que após ver os resultados até sua filha de 18 anos se interessou em começar a bioterapia facial. “Minha filha tem enxaqueca e sinusite e vou trazê-la para começar. Indico a técnica porque, além de relaxante, traz equilíbrio emocional”, conta.
Para tentar diminuir as dores provocadas pela fibromialgia (dor corporal crônica), o engenheiro civil César de Sá, de 60, viu na bioterapia facial uma saída para o alívio. Ele tem a doença há 10 anos e ocasionalmente ela ataca em forma de crises. “Sinto dor no corpo e ela é espalhada, tem hora que é nos quadris, no ombro ou em outras regiões”, conta. César afirma que já havia tentado outros tratamentos, mas nenhum surtiu efeito.
A primeira seção de bioterapia foi há um mês e meio e a melhora foi sentida logo na primeira visita à clínica. “Pesquisei na internet e vi que (a fibromialgia) não tem cura. Então, comecei a olhar terapias alternativas e encontrei a bioterapia facial. Quando comecei a fazer eu estava numa crise muito forte e o procedimento está me ajudando bastante. Desde quando comecei não senti mais dores, além de me ajudar a relaxar”, frisa.
SAIBA MAIS
A bioterapia facial foi criada em 2005 por uma terapeuta gaúcha. O procedimento foi baseado em um conjunto de terapias alternativas, como massagem bioenergética (forma de liberar energia corporal e mental), terapia ayurvédica (técnica indiana milenar que trabalha com a constituição física de cada indivíduo), além das terapias vibracionais, como cristaloterapia, aromaterapia, fitoenergética e florais. É complementada também pela cosmetologia natural.