A palavra patrimônio, geralmente, remete a obras, bens ou edificações antigas e carregadas de história. A associação, porém, não é inteiramente precisa. O movimento moderno, em suas diversas expressões, representou uma ruptura com a tradição e trouxe inovações em todos os campos, projetando ideais de um novo homem e sua relação com o mundo.
Na arquitetura, a criação para atender ao espírito do homem moderno trouxe novidades técnicas e se traduzia em construções radicalmente distintas dos modelos vigentes. A importância desse legado foi, ao longo do século 20, ganhando reconhecimento institucional. O Brasil foi pioneiro na valorização de construções do movimento moderno, como explica o professor Hugo Segawa, da Universidade de São Paulo, em seu artigo, que servirá de base para sua palestra no seminário.
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O evento, voltado para especialistas, será realizado no Museu de Arte da Pampulha, entre 16 e 19, por ocasião do Dia do Patrimônio Nacional, comemorado no dia 17. O encontro pretende discutir a conservação e a manutenção de bens culturais, trocando experiências de gestão com representantes de outros países. Critérios de intervenção, métodos de preservação, o emprego de tecnologias e o uso turístico da arquitetura do início do século 20 serão temas de debates e conferências. Participam do seminário representantes de quatro importantes conjuntos arquitetônicos também reconhecidos pela Unesco: da Cidade Branca de Tel-Aviv (Israel), de Le Havre (França), do Câmpus Central da Cidade Universitária Nacional Autônoma do México – Unam (México), e do Complexo do Capitólio de Chandigarh (Índia). O Brasil tem 46 bens representativos do movimento modernista tombados pelo Iphan e a troca de informações e experiências com casos semelhantes contribuem para a preservação do patrimônio nacional.
• Seminário Internacional Desafios da Gestão do Patrimônio Cultural Moderno, promovido pelo Iphan. Museu da Pampulha, de 16 a 19 de agosto. Mais informações: iphan.gov.br.